Sexto número da série. Termino o segundo ponto do sumário proposto aqui, a saber: 2.Semiologia dos cultos políticos de personalidade. Escrevi no número anterior que, em plena era das democracias liberais, os partidos políticos depositam nos seus chefes poderes demiúrgicos especiais. Com a roupa gregária e global das democracias liberais, os soberanos, aureolados de extraordinários mitos fundadores fielmente produzidos e geridos pelos seus porta-vozes, adeptos e militantes, governam primeiro os partidos, depois, em caso de vitória eleitoral, as nações. Afinal, em cada ser humano parece habitar a apetência de um deus permanente e funcional. No número 4 deste série, propus cinco casos nos quais ocorre o culto de personalidade. É possível, porém, considerar três aprofundamentos: 1. concorrência política que ameaça os privilégios adquiridos por um partido, 2. erosão da legitimidade, acompanhada pelo surgimento de líderes rivais do tipo populista com apoio popular crescente, 3. comprometimento autoritário com a mudança das relações sociais, acompanhado de crítica sistemática ao passado e de apologia veemente do futuro.
Se não se importam, prosseguirei mais tarde.
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