Sétimo número da série. É em função dos dois tipos de candidatos partidários que desejo colocar o problema do vestuário de campanha, é a este nível que desejo mostrar quanto uma certa fotogenia de propaganda diferente tende a restaurar, a resgastar a contiguidade calórica entre eleitores e candidatos, a criar uma cumplicidade descontraída entre jovens. Repare-se nas fotos em epígrafe. O que mostram elas? Mostram dois exercícios de fotogenia propagandística diferentes: no lado esquerdo, do candidato da Frelimo, uma camisola partidária, a parte central e solene do discurso vestimentário que as sapatilhas (exercício desportivo de leveza domingueira) não conseguem esconder; no lado direito, do candidato do MDM, a completa subversão da austeridade, a três níveis de uma estudada proposta cuidada de irreverência juvenil-descuidada de jovem candidato: nas sandálias, nas jeans e na camisa de manga curta. Se não se importam prossigo mais tarde (na imagem, aqueles que foram candidatos à presidência do município de Quelimane, respectivamente Abel Henriques da Frelimo e Manuel de Araújo do MDM, arranjo meu a partir de fotos do jornalista António Zefanias).
(continua)
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