Espantosos são os poderes mediúnicos de certos analistas da terra - terra amada querem uns, desamada contrapõem outros - que, em várias vertentes de comunicação, física e digital, oral e escritamente, curta e longamente, nos brindam com uma sabedoria sem limites da qual até os deuses globalizados têm inveja. Sabem o que se passou e o que vai passar-se sem necessidade de usar quer o tradicional sangue de galinha quer a pesquisa clássica, definem a quem pertence o futuro e o passado da história política do país, são inamovíveis sobre quem está com a verdade e com a falsidade, com a bondade e com a maldade. Esses curandeiros da verdade de praça que odeiam hipóteses, esses auto-deuses moralistas de paróquia, esses áugures de geração espontânea são decididamente fascinantes.
Sonhadores, os sociólogos sempre procuraram duas coisas: as leis do social e a reforma das sociedades. Cá por mim busco bem pouco: tirar a casca dos fenómenos e tentar perceber a alma dos gomos sociais sem esquecer que o mais difícil é compreender a casca. Aqui encontrareis um pouco de tudo: sociologia (em especial uma sociologia de intervenção rápida), filosofia, dia-a-dia, profundidade, superficialidade, ironia, poesia, fragilidade, força, mito, desnudamento de mitos, emoção e razão.
1 comentário:
Ora aqui está um alerta que fazia falta. Já reparou nos debates de certas televisões e nos jornais oficiais?
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