02 novembro 2012

Sobre inatismos

"(...) tomando o efeito pela causa, aconteceu-lhes muitas vezes atribuir como condições determinantes dos fenómenos sociais certos estados psíquicos, relativamente definidos e especiais, mas que, de facto, deles são a consequência. É assim que se considerou ser inato ao homem um certo sentimento de religiosidade, um certo minimum de ciúme sexual, de piedade filial, de amor paternal, etc., e é por este caminho  que se quis explicar a religião, o casamento, a família." - em meu entender, uma das mais belas problematizações de Émile Durkheim, Les règles de la méthode sociologique. Paris: Flammarion, 1988, p. 199, itálico no original, tradução minha.
Comentário: certamente sabeis que há muito inatista na praça.

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