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Escrevi no número anterior que o obstinado defensor público das tradições era, porém, um guloso consumidor de coisas em movimento, das mais refinadas e onerosas modernidades. Com efeito, nada escapa à sua sempre actualizada rede de pesca, por onde passe, a pé, de carro ou de avião. E assim temos esta dialéctica personagem da nossa história contemporânea, zelosa apologista da medicina tradicional quando de saúde e tradicional frequentadora das clínicas mais caras da biomedicina quando doente.
Com a vossa permissão, prossigo mais tarde.
(continua)
3 comentários:
Retrato perfeito.
Basta estudar certos discursos, mesmo académicos...
Nelspruit...
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