Oitavo número da série de um tema cuja definição foi dada aqui.
3. Horizontalidade cultural. A substituição da verticalidade classista pela horizontalidade cultural (com uma formulação do género somos diferentes mas, ao fim e ao cabo, todos culturalmente iguais) pode assumir vários rostos discursivos. Por exemplo, atribuição a certos povos ou a certos continentes de características sui generis, hostis à divisão classista, mas porosas às etnias ou às tribos. Os povos são discursivamente catalogados segundo grupos étnicos ou tribais, recebendo ainda, no que concerne ao mundo rural, o rótulo de populações, um termo inócuo, neutral e despolitizador que serve de exemplar antídoto a classes.
Permitam-me prosseguir no próximo número.
3. Horizontalidade cultural. A substituição da verticalidade classista pela horizontalidade cultural (com uma formulação do género somos diferentes mas, ao fim e ao cabo, todos culturalmente iguais) pode assumir vários rostos discursivos. Por exemplo, atribuição a certos povos ou a certos continentes de características sui generis, hostis à divisão classista, mas porosas às etnias ou às tribos. Os povos são discursivamente catalogados segundo grupos étnicos ou tribais, recebendo ainda, no que concerne ao mundo rural, o rótulo de populações, um termo inócuo, neutral e despolitizador que serve de exemplar antídoto a classes.
Permitam-me prosseguir no próximo número.
(continua)
2 comentários:
Os militantes do status quo gostam muito de dizer que o nosso continente tem coisas só dele, os espíritos dele, a bondade da distribuição e assim por diante.
Sobretudo a nível oficial...
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