Sexto número da série.
Escrevi no número anterior que a pasteurização social é, na verdade, um amplo e estratégico armário onde se guardam muitas coisas. Uma dessas coisas é o processo de substituição da verticalidade classista pela horizontalidade cultural. Na verdade e das mais variadas maneiras, os ideólogos do neoliberalismo colocam o acento não nas clivagens sociais verticais, mas nas diferenças horizontais (tenha-se em conta o apego amoroso ao multiculturalismo, às especificidades nacionais, culturais, filosóficas e, até, raciais). Como um dia escreveu Simone de Beauvoir, ao esquema simplista de Marx, que opunha exploradores a explorados, "se substitui um desenho tão complexo que os opressores entre si diferem tanto quanto diferem dos oprimidos, a tal ponto que esta última distinção perde a sua importância".
Permitam-me prosseguir no próximo número.
Escrevi no número anterior que a pasteurização social é, na verdade, um amplo e estratégico armário onde se guardam muitas coisas. Uma dessas coisas é o processo de substituição da verticalidade classista pela horizontalidade cultural. Na verdade e das mais variadas maneiras, os ideólogos do neoliberalismo colocam o acento não nas clivagens sociais verticais, mas nas diferenças horizontais (tenha-se em conta o apego amoroso ao multiculturalismo, às especificidades nacionais, culturais, filosóficas e, até, raciais). Como um dia escreveu Simone de Beauvoir, ao esquema simplista de Marx, que opunha exploradores a explorados, "se substitui um desenho tão complexo que os opressores entre si diferem tanto quanto diferem dos oprimidos, a tal ponto que esta última distinção perde a sua importância".
Permitam-me prosseguir no próximo número.
(continua)
3 comentários:
Os militantes do status quo defendem que acabaram os extremos agora somos todos do "meio".
O sistema odeia que se fale em opressores, o que existe é "liberdade".
Grande Simone!
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