08 novembro 2011

Consumidores machos, cervejas pretas fêmeas (16)

Mais algumas hipóteses no décimo sexto número da série, prosseguindo no sumário proposto aqui.
8. As artérias da Laurentina preta. No número anterior dei-vos conta da feminização da cerveja e da sua história. Antes de reentrar na Laurentina, permitam-me colocar aqui um extracto de um texto da brasileira Carla de Paula: "A violência contra a mulher está implícita na maior parte das campanhas publicitárias de cerveja. Ela é oferecida como um brinde na compra da bebida. Compre uma Brahma e leve a Juliana Paes – ou qualquer outra BOA, de tantas já reduzidas a objetos de marketing. As campanhas vendem ideologias. Delimitam a representação feminina em moldes servis e com limitações sexuais. Há uma violência latente, descarada, em torno da liberdade individual da mulher. Nos anúncios ela não é a bebedora, nem a espectadora. Nem propriamente anuncia a cerveja ao público. Seu corpo é um recurso de marketing, assim como se utiliza o vermelho para ter atenção dos menos atentos (...). Aqui. Sugiro complete a leitura lendo um texto de três alunos de Psicologia da Universidade Federal de Pernambuco sobre propagandas dirigidas ao público masculino, aqui.
Prossigo mais tarde.
(continua)

1 comentário:

Salvador Langa disse...

Adorei esta frase---"as campanhas vendem ideologias".