8. As artérias da Laurentina preta. No número anterior dei-vos conta da feminização da cerveja e da sua história. Antes de reentrar na Laurentina, permitam-me colocar aqui um extracto de um texto da brasileira Carla de Paula: "A violência contra a mulher está implícita na maior parte das campanhas publicitárias de cerveja.
Ela é oferecida como um brinde na compra da bebida. Compre uma Brahma e leve a Juliana Paes –
ou qualquer outra BOA, de tantas já reduzidas a objetos de marketing. As campanhas vendem
ideologias. Delimitam a representação feminina em moldes servis e com limitações sexuais. Há uma
violência latente, descarada, em torno da liberdade individual da mulher. Nos anúncios ela não é a
bebedora, nem a espectadora. Nem propriamente anuncia a cerveja ao público. Seu corpo é um
recurso de marketing, assim como se utiliza o vermelho para ter atenção dos menos atentos (...). Aqui. Sugiro complete a leitura lendo um texto de três alunos de Psicologia da Universidade Federal de Pernambuco sobre propagandas dirigidas ao público masculino, aqui.
Prossigo mais tarde.
(continua)
1 comentário:
Adorei esta frase---"as campanhas vendem ideologias".
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