18 abril 2011

Dos megaprojectos às mega-ideias (10)

Escrevi no número inaugural desta série que uma grande ênfase tem sido dada aos megaprojectos do país. O problema pode ser resumido assim: precisamos taxá-los, taxando-os a nossa vida melhora. Vou tentar discutir esse pressuposto com algumas mega-ideias.
Recordo o que escrevi no número anterior: para que, um pouco como na banal história da humanidade, possamos decisivamente passar da fase da recoleção para a fase da produção, é preciso que duas coisas estejam reunidas: um Estado ao serviço de uma burguesia social investindo na produção e uma burguesia ao serviço de um Estado social investindo no bem-estar dos cidadãos.
Mais algumas ideias frustres.
Tenho para mim que a vida no nosso país não melhorará com elites e desenvolvimento rentistas, com investimentos na riqueza financeirizada, com apostas fortes na circulação, com cursos a trouxe-mouxe de negócios e empreendedorismo, com odes permanentes à riqueza e ao enriquecimento e com apologias populistas do combate contra a pobreza segundo uns, contra a pobreza absoluta segundo outros.
Então, o que proponho? Prossigo mais tarde. Imagem reproduzida de um blogue e de uma postagem de Novembro de 2010 intitulada "Transnacionais avançam sobre Moçambique",  aqui.
(continua)

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