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Vivemos, a nível mundial, um período de transição, entalados neste presente entre um passado que continua a ser o nosso guia cognitivo e um futuro que julgamos distante mas que já actua em nós.
Neste mundo anfibológico, estamos ainda reféns das categorias analíticas de ontem e por isso não vemos os indícios do futuro. Mundo que se torna mais agreste, mais rapidamente propenso à turbulência social com a velocidade das novas técnicas de comunicação. O modo capitalista de produção militariza-se mais rapidamente, mais intensamente, mais destrutivamente.
À medida que o futuro se tornar pouco a pouco visível, a militarização dos países e das mentes gerará mais intranquilidade, medo e desespero. Procurar abrigo e paz algures poderá tornar-se uma regra no planeta.
Esse é apenas um cenário. Há muitos outros a ter em conta.
Um dos grandes riscos que corremos é acharmos normal a violência, de tanto ela manifestar-se das mais variadas formas. Acresce que, no caso da Josina Machel, pode haver outros fenómenos por estudar.
Finalmente: resta saber como introduzir a razão nos instintos e evitar as múltiplas facas da vida. Talvez aqui resida, desde sempre na história da humanidade, o centro e a aposta de todos os círculos sociais concêntricos.
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