"Toma o mundo pela sua representação do mundo" [Karl Marx e Friedrich Engels, A Ideologia alemã I]
Se analisarmos o mundo dos pensamentos e das representações que se estende das pessoas às ciências sociais passando pela imprensa e pelas redes sociais digitais, verificaremos facil e rapidamente quanto pesa a concepção de que é o que pensamos que determina o que socialmente fazemos. O mundo é movimentado pela "cabeça", pelos nossos pensamentos - assim determinamos e cremos. A coluna vertebral dos processos históricos de produção e reprodução social fica soterrada por uma montanha - provavelmente hoje mais plena e mundial - de crenças, de idealismos, de essências, de acessos de espiritualidade absoluta, de posições nefelibatas, de seres em si, de pessoas em si, de indivíduos em si, que faz com que nos transformemos num mundo que olha cada vez mais para cima para não analisar o que se realmente se passa embaixo. Nesse caldo ferveroso passam as apostas na multiplicidade de visões, na legitimidade dos pontos de vista múltiplos sobre os fenómenos, nas ideias diferentes, na alteridade como critério. Da verdade ascende-se às verdades, ao direito a ter contraverdades. Como provavelmente diria hoje Marx, faz-se um grande esforço para explicar a prática social pela ideias e não as ideias pela prática social.
Se analisarmos o mundo dos pensamentos e das representações que se estende das pessoas às ciências sociais passando pela imprensa e pelas redes sociais digitais, verificaremos facil e rapidamente quanto pesa a concepção de que é o que pensamos que determina o que socialmente fazemos. O mundo é movimentado pela "cabeça", pelos nossos pensamentos - assim determinamos e cremos. A coluna vertebral dos processos históricos de produção e reprodução social fica soterrada por uma montanha - provavelmente hoje mais plena e mundial - de crenças, de idealismos, de essências, de acessos de espiritualidade absoluta, de posições nefelibatas, de seres em si, de pessoas em si, de indivíduos em si, que faz com que nos transformemos num mundo que olha cada vez mais para cima para não analisar o que se realmente se passa embaixo. Nesse caldo ferveroso passam as apostas na multiplicidade de visões, na legitimidade dos pontos de vista múltiplos sobre os fenómenos, nas ideias diferentes, na alteridade como critério. Da verdade ascende-se às verdades, ao direito a ter contraverdades. Como provavelmente diria hoje Marx, faz-se um grande esforço para explicar a prática social pela ideias e não as ideias pela prática social.
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