18 dezembro 2012

Crime e criminoso: produto de relações sociais

De um trabalho de Alvino Augusto de Sá: "Passemos ao domínio da Criminologia. Pela inversão ideológica de causa e efeito, o crime é tido como uma realidade ôntica e, o criminoso, como um ser diferente, que perturba e desequilibra as relações sociais. Na verdade, as relações econômicas de poder é que determinam a construção jurídica do crime, criam os desequilíbrios sociais e estes é que são as causas das condutas definidas como crime. Assim, a ideologia impõe-nos a ideia de que o crime e o criminoso (isto é, aquela conduta e aquele indivíduo que afrontam as normas estribadas na propriedade privada e em tudo o que dela deriva), são ameaças constantes ao equilíbrio social. Ao fazer isso, ela tem a função de ocultar a verdade histórica de que o crime e o criminoso, no lugar de causas, na realidade são produtos das relações sociais economicamente desequilibradas e injustas." Aqui.

2 comentários:

Salvador Langa disse...

Estou certo de que poucos são aqueles dispostos a ver a vida dessa maneira. "É ou não é?"

nachingweya disse...

Tomemos o caso Carlos Cardoso. Em que medida é que este crime é produto das relações sociais economicamente desequilibradas e injusta e qual dos criminosos se ajusta a esta condição: O Aníbal? O Nini? O filho do Galo?