26 dezembro 2012

A difícil fórmula da distribuição de consensos (34)

Trigésimo quarto número da série, baseada neste trabalho de "O País" aqui. Prossigo no primeiro ponto do sumário que vos propus aqui.
1. História da ciência, cientistas sociais e algumas ambições  Existiram, claro, excepções. Montaigne foi, exemplarmente, uma delas. Mas o quadro geral tem vincadamente a linha hegeliana, que receberá ainda o sinete de sociólogos como Lévy-Bruhl e, já no século XX, do missionário Placide Tempels. O nosso país pode ser tomado como exemplo em termos de como a antropologia leu, catalogou e frigorificou os Africanos. A “tribo” é a unidade constitutiva do Africano na leitura de missionários, militares e funcionários administrativos. Ela é tida como habitando-o biologicamente com a mesma tenacidade com que a agulha de uma bússola indica obrigatoriamente o norte qualquer seja o ponto onde nos coloquemos. Por isso um dos primeiros esforços empreendidos consistiu em catalogar os colonizados por tribos, ao mesmo tempo que se inventariavam os seus costumes, as suas formas de parentesco, os seus hábitos alimentares, as suas línguas, etc. Permitam-me prosseguir mais tarde. Problema que deu origem a esta série aqui.
(continua)

1 comentário:

Salvador Langa disse...

Nem mais nem menos.