17 dezembro 2012

Análise da análise (14)

Décimo quarto número da série, entrando na primeira das três posições propostas no número anterior, a saber: a posição da neutralidade/indiferença. Esta posição manifesta-se quando, confrontados com os mais variados tipos de fenómenos e, especialmente, com aqueles que mais ferem a dignidade humana, nos abstemos de tomar posição, de intervir. Somos indiferentes ao rumo desses fenómenos, é-nos indiferente que, por exemplo, haja quem sofra e quem faça sofrer, é-nos indiferente que haja coisas correctas e incorrectas. Nos casos mais refinados, defende-se que tudo tem a sua razão de ser, que tudo deve ser neutralmente aceite e considerado. Porém, esta neutralidade é, afinal, muitas vezes, uma tomada indirecta de partido. Permitam-me prosseguir mais tarde.
(continua)

1 comentário:

Salvador Langa disse...

Pois claro, então os neutraliteiros haviam de gostar de ser diferentes?