Têm surgido no país livros escritos por antigos dirigentes da luta de libertação nacional, o que é importante e louvável. Mas não menos importante é começarem a surgir testemunhos do pós-independência. Porque, convenhamos, a história não acabou em 1975, ano da independência nacional.
Sonhadores, os sociólogos sempre procuraram duas coisas: as leis do social e a reforma das sociedades. Cá por mim busco bem pouco: tirar a casca dos fenómenos e tentar perceber a alma dos gomos sociais sem esquecer que o mais difícil é compreender a casca. Aqui encontrareis um pouco de tudo: sociologia (em especial uma sociologia de intervenção rápida), filosofia, dia-a-dia, profundidade, superficialidade, ironia, poesia, fragilidade, força, mito, desnudamento de mitos, emoção e razão.
3 comentários:
Com efeito, a história devia ter começado em 1975, com a independência nacional. A guerra em si foi um projecto com termos de referencia, recursos e prazos mais ou menos delineados cujo objectivo era a independência.
Que história estamos a fazer desde que a independência nos permite escrever a nossa própria história?
Não acredito que as coisas depois da independência apareçam nos livros pois a história anterior dá melhor digestão.
A parte da historia de Moçambique que mais se lê é: "Moçambique foi colonizado por Portugal no sec XV tendo vindo a conquistar a sua independencia em Junho de 1975 PONTO". Como se antes do sec XV fosse o vácuo e depois de 75 nada. Como se a colonização tivesse imposto limites fechados à nossa historia
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