Prossigo a série, no segundo leque de questões proposto no número seis, ainda no ponto 4.
4. O papel das autoridades comunitárias. Acho prudente fazer mais alguma introdução a este aparentemente simples tema. Quando falamos em poder temos, regra geral, a concepção de um poder amplamente visível, permanente, de um poder enorme, regra geral concentrado numa pessoa. O chefe geral, o presidente, o big boss: eis o que sensorialmente nos atrai e nos motiva, eis o percurso do nosso hábito persistente, a vertigem imediata da nossa ingenuidade e da nossa imensa reverência aos grandes homens - deuses profanos por nós construídos - e seus símbolos. Porém, o poder do grande, do boss, é em grande medida filtrado pelos vasos capilares anónimos de um sistema, de todo um sistema, vasos que, por exemplo, no nosso caso, passam - para seu bem ou seu mal - por régulos, chefes de quarteirão, líderes religiosos, intelectuais rurais, etc.
Prossigo mais tarde. Foto reproduzida com a devida vénia daqui.
4. O papel das autoridades comunitárias. Acho prudente fazer mais alguma introdução a este aparentemente simples tema. Quando falamos em poder temos, regra geral, a concepção de um poder amplamente visível, permanente, de um poder enorme, regra geral concentrado numa pessoa. O chefe geral, o presidente, o big boss: eis o que sensorialmente nos atrai e nos motiva, eis o percurso do nosso hábito persistente, a vertigem imediata da nossa ingenuidade e da nossa imensa reverência aos grandes homens - deuses profanos por nós construídos - e seus símbolos. Porém, o poder do grande, do boss, é em grande medida filtrado pelos vasos capilares anónimos de um sistema, de todo um sistema, vasos que, por exemplo, no nosso caso, passam - para seu bem ou seu mal - por régulos, chefes de quarteirão, líderes religiosos, intelectuais rurais, etc.
Prossigo mais tarde. Foto reproduzida com a devida vénia daqui.
(continua)
2 comentários:
Em baixo constroem-se as coisas de cima. É assim Professor?
´Microfísica do poder´...Foucault...
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