Extractos de uma intervenção do filósofo moçambicano Severino Ngoenha (imagem em epígrafe) em trabalho do jornalista Emídio Beúla, inserto na edição do semanário "Savana" com data de hoje e intitulado "Estado moçambicano ficou dólar-crático": "Quando vejo certas práticas a que se prestam certas elites moçambicanas, como acordos de parceria com empresas ou indivíduos sem escrúpulos, pergunto-me se o discurso é diferente do discurso de António Enes (...) todo o sistema de dominação do nosso povo contou sempre com a cumplicidade de grupos entre nós (...) Então, ao mesmo tempo que o número e a qualidade de carros carros de luxo aumenta na cidade (...) o número de pobres, de miseráveis, não cessa de aumentar (...) Se a questão é dinheiro, então somos mais baratos que os nossos predecessores. Temos de lembrar que uma espingarda no século passado era mais difícil de construir que um Mercedes hoje (...)."
Sonhadores, os sociólogos sempre procuraram duas coisas: as leis do social e a reforma das sociedades. Cá por mim busco bem pouco: tirar a casca dos fenómenos e tentar perceber a alma dos gomos sociais sem esquecer que o mais difícil é compreender a casca. Aqui encontrareis um pouco de tudo: sociologia (em especial uma sociologia de intervenção rápida), filosofia, dia-a-dia, profundidade, superficialidade, ironia, poesia, fragilidade, força, mito, desnudamento de mitos, emoção e razão.
3 comentários:
Pois é pois é, aqui está um prof honesto, vão ver que logo vão surgir os meninos de coração de ouro para barafustar.
Barafustar...só ver a cara de gozo do prof...ehehehehehe!!!
Excelente Reflexão e caracterização, da 1ª República (+ distributiva), e da 2ª, dólar-cracia !
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