05 maio 2011

Poder e representação: teatrocracia em Moçambique (13)

O décimo terceiro número da série, que no seu título usa um termo de Georges Balandier, teatrocracia.
Agora o ponto sete do sumário que vos propus, mas o primeiro do nível invisibilidade, refiro-me ao poder pela distância e pela intermediação.
A nossa concepção óptica e imediata do poder avalia-o quando o vemos, quando um determinado coágulo de poder está diante de nós, quando a figura augusta que o representa está em carne e osso presente. Poder é poder visto, poder sensorial (dificilmente temos do poder uma concepção relacional).
Mas o poder é, também, ao mesmo tempo, em sua dialéctica, poder que se resguarda, que aspira a mais poder não por estar presente, mas por estar ausente.
Prossigo mais tarde este ponto. Imagem: el poder, quadro do pintor e ceramista argentino Raúl Pietranera).
(continua)

1 comentário:

Salvador Langa disse...

Chefes de gabinetes, secretárias, "venha mais tarde"...