Sonhadores, os sociólogos sempre procuraram duas coisas: as leis do social e a reforma das sociedades. Cá por mim busco bem pouco: tirar a casca dos fenómenos e tentar perceber a alma dos gomos sociais sem esquecer que o mais difícil é compreender a casca. Aqui encontrareis um pouco de tudo: sociologia (em especial uma sociologia de intervenção rápida), filosofia, dia-a-dia, profundidade, superficialidade, ironia, poesia, fragilidade, força, mito, desnudamento de mitos, emoção e razão.
3 comentários:
De acordo com o ministro da planificacao a cesta basica so vai beneficiar aos que vivem nas capitais provinciais. Quer dizer 80% da populacao que vive no campo vai e chupar o dedo. Dos 20% dos que vivem nas cidades muitos nao vivem nas capitais isto quer dizer que aproximadamente 10% vive nas capitais. Destes 10% grande parte nao tem emprego formal. No final talvez 1% dos mocambicanos se vao beneficiar do abastecimento dirigido de mais ou menos 800meticais. Este valor de cerca de 800Mt nao da nem para comprar uma garrafa de whisky "condigno" de que os nossos dignos chefe gostam.
Entendo que nao ha muito mas tambem e preciso ter cuidado para que "uma boa intencao" resvale em confusao.
Espero que nao tenham escolhido as cidades capitais por serem os focos de greves.
Nao sei mesmo,
Entao nao tiveram tempo de ouvir a Sociedade Civil ?
Desde setembro, nao tiveram tempo ?
As vezes mesmo tentando, 'e complicado compreender algum tipo de "linguagem",
Quer dizer, querem e tem vontade de "governação participativa", mas "sem participação", porque o Governo nao tem tempo ?
Desculpem, assim fica muito complicado mesmo.
De acordo com o ministro da (Des) planificacao, o Mocambicano vai ter que pagar mais impostos para sustentar este esforco demagogico. E nada mais. O que aborrece mesmo nesta FRELIMO e a mania de "adivinhar" os problemas do povo. Ou no minimo, ir consultar o oraculo FMI&Banco Mundial para enfiar uma nova injeccao na plebe.
Alguns erros tipos da governacao da FRELIMO que se tornaram em paradigma secular:
1-Sempre dizer sim aos doadores;
2-Imaginar que os custos acabam depois que uma medida entra em operação;
3-Planeiar e gastar localmente;
4- Superestimar a capacidade do proprio Governo;
5-Acreditar piamente em lucros com base na terceirização a privados;
6-Evitar consultar; preferir presumir.
E nisto, dei-me a pensar sobre o embriao de uma geracao A RASCA em Mocambique. Sobretudo, depois de ter lido isto:
"...Forma mais responsável, digna e orgulhosa de tirar Moçambique da pobreza
1-Imaginemos que os referidos pobres são filhos de funcionários da Aparelho do Estado.
2-Faremos imaginariamente as seguintes contas:
a) Para um funcionário que aufere um salário liquido de 10.000,00Mt
· Com três filhos e restantes despesas custeadas pelos restantes 8.000.00Mt
Se poupar para os três 2.000.00Mt/mês, por ano terá poupado 24.000.00Mt, em 20 anos será 480.000.ooMt multiplicado pela percentagem anual de aumentos salariais no Aparelho do Estado.
Será que, três filhos de media 22 anos, 12ª classe, com essa quantia estariam na lista de pobres?
Colegas vamos poupar, pois, essa foi uma das estratégias que impulsionaram o rápido desenvolvimento de países do primeiro mundo..."
Como se percebe, o paradigma aqui ainda e: CANUDO DA EMPREGO NO ESTADO. Portugal ja foi assim. Hoje mais de um milhao de funcionarios publicos (acima de 10% da populacao).
Piramidal!
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