12 junho 2010

Drogas: revisitando a história recente

O jornalista Paul Fauvet da Agência de Informação de Moçambique escreveu um artigo com o título (traduzido por mim) em epígrafe. Por agora apenas disponho da versão em inglês, aqui. Free Translation Obrigado ao FL pelo envio.
Se e quando dispuser da versão em português, posto-a.
Adenda às 20:42: a versão em português aqui.

11 comentários:

Abdul Karim disse...

O Paul Fauvet esta com umas defesas vistosas,

O que podera ser um indicador de "caracter" do mesmo.

De Louvar, a Verdade do Paul Fauvet.

Reflectindo disse...

Na verdade muitos jornalistas decepcinaram-me desde que este assunto explodiu. O jornalismo mocambicano demitiu-se do quarto poder, tudo em nome de NACIONALISMO BACOCO?? Isto é no mínimo que posso desconfiar. No máximo, desconfio que os editores tenham sido corrompidos, comprados.

Feliz ou infelizmente, não sou adepto do nacionalismo bacoco. Feliz ou infelizmente, não concordo ou discordo com opinião de alguém movido por simpatia ou antipatia, mas por que me vem da alma, por consciência. Paul Fauvet é uma das pessoas com quem concordo ou discordo por essa razão. Muitas vezes concordo e outra discordo com ele.
Isto para dizer que desta vez concordo 100 % com a análise de Fauvet. CONCORDO COM FAUVET. CONCORDO.
Do resto, repito que nunca pensei que nossos jornalistas estivessem a pronunciar aquilo que eles fizeram. Eles têm que sentir a mesma culpa que sinto - o nosso governo não conseguir apresentar o barão de tanta droga que passa pelo nosso território é uma vergonha. Temos o SISE para quê? Para fazer aquele enteteinamento como daqueles sobre os "Orgonise Africa” acusados de sabotagem a Cahora Bassa. E eles que pertencem ao quarto poder, nada fazem no combate ao narcotráfico. Queriam que o DT dos EUA dissesse os nomes para eles (os jornalistas) escreverem: segundo o DT dos EUA? QUE COBARDIA!!! Esses mesmos jornalistas nem chegaram de ver que falar de nomes naquela conferência podia eventualmente constituir um golpe de Estado...

Os nacionalistas bacocos até chamam nomes a quem detesta o narcotráfico e evocam solidariedade aos suspeitos de serem narcotraficantes em nome dum nacionalismo cego. Porém, estes nacionalistas bacocos esquecem ou ignoram que muitos mocambicanos foram mortos e estão sendo mortos no combate aos narcotráficos e ou fuga ao fisco. No pior, esses mocambicanos até votam neste governo incompetente.
Os concidadãos imbuidos de nacionalismo bacoco, esquecem que naquele momento que são atrapalhados pela polícia e agentes das Alfândigas, servem para a passagem dos narcotraficantes.
Para já, o meu louvor vai a Marcelo Mosse, Joseph Hanlon e Paul Fauvet.

Nairo disse...

Palmas! Muitas palmas

Reflectindo disse...

No meu comentário anterior esqueci-me de mencionar a Zenaida Machado, uma das jornalistas mocambicanas que questionou com prudência no seu blog a conferir aqui

Anónimo disse...

Congratulations Paul Fauvet!!! Gostei muito do seu artigo e concordo plenamente
"que teria sido muito melhor se o sistema de justiça de Moçambique quisesse e pudesse levar à justiça os barões de droga. Uma vez que não o fizeram, é bastante razoavel que os americanos tomem medidas para proteger o seu sistema financeiro do dinheiro SUJO de Moçambique, como o têm feito com o dinheiro sujo vem da Colombia

O Obama merece ser elogiado por esta acção e nao ser encharcado com este anti-americanismo barato."

Aproveitemos a deixa dos americanos e vamos tentar lutar contra isto. Se nao dentro em breve estaremos nas teias dos tranficantes...
Exemplos? Vejam o que acontece no Mexico e na Colombia e eles construiram o que agora têm!!! queremos também isso para nós, dentro de uns anitos??? Entao senhores jornalistas, se não têm coragem de lutar contra ele, pelo menos não se ponham a defender... Ele ja tem advogado de defesa... Nao beneficiem do, nem defendam o dinheiro sujo... por detras desse dinheiro estao VIDAS PERDIDAS de jovens em todo o mundo.
O negocio começa para fora, mas depois, quando fica dificil exportar, faz-se cá dentro. E ai nós, os nossos filhos, amigos, netos entram na jogada... Por favor...

JOSÉ disse...

Não sou grande admirador do Paul Fauvet, mas tiro o chapéu por este excelente texto.
Congratulations, Paul Fauvet!
Fico consolado ao constatar que ALGUNS jornalistas questionam coerentemente e que não permitem que lhes atirem areia para os olhos.

Abdul Karim disse...

Anonimo,

Quando voce pede "Por Favor", eles entendem mal,

Confundem-te com um "miseravel pedinte como eles",

Nao percebem "linguagem simples", sao lambe-botas, vendem a Patria, ao Povo, 'a Familia e ate a Propria mae, para "miseros tostoes", de contrabandistas nojentos,'e a tal pobresa espiritual,

Deixa-os, hao-de entender,quando chegar a hora deles, pra entenderem,

"Deus em nada defrauda os homens; porem os homens se condenam a si mesmos." Al Qur'an, Yunis 10 Surata, Versiculo 44.

ricardo disse...

Pois e...

Agora o FAUVET e o maior. Mas vamos pensar um pouco naquilo que nao escreveu:

1- A hipotese de chegada em peso do capital multinacional a SADC e a Mocambique em particular, nao e motivo suficiente para OBAMA se pronunciar exactamente neste momento, como forma de impor regras internacionalmente aceites na NAFTA, UE e Mercosul?

2- A grande comocao "nacionalista" na estara ligada ao facto comprovado de que andamos todos a viver num mundo de ilusao economica, idolatrando realizacoes economicas que NAO tem significado nenhum na solidez do tecido empresarial local?

3- Que o Mundial 2010 na RSA, justifica, quer pela presenca massiva de cidadaos do Primeiro Mundo a assistirem ao evento, quer pelo BOOM economico que se lhe sucedera, todas as medidas dissuasoras possiveis para prevenir situacoes de risco geo-politico?


4- Que a primeira razao do silencio do Governo seja o grande capital investidor pagar as suas "promessas", nao podera o MBS ser descartavel para o Partido FRELIMO?

5- Que a segunda razao, seja o facto do MBS sempre ter sido rival de Maiaia, e que no momento, a influencia do Grupo Maiaia junto do poder e maior, porque sua presenca esta consolidada no centro-norte de Mocambique, onde se estao fazendo grandes investimentos multi-nacionais, logo tornando MBS um peao descartavel, caso o venha a ser?

6- Que a terceira e ultima, seja o impacto socio-economico havera na economia local do SUL DE MOCAMBIQUE (Bastiao da FRELIMO), caso o MBS fosse "evaporado" por um processo judicial sumario?

Sao questoes que deixo a vossa consideracao.

Abdul Karim disse...

Ricardo,

Se a ideia da frelimo 'e descartar o "sir" entao porque a demora ?

E se nao 'e descartar, entao como vao conseguir conciliar os possiveis proveitos da vinda do "grande capital" com a "omni-presenca" do "sir" e seus fluxos de financeiros ?

Por outro lado, que vantagens pra frelimo em manter os "dirty flows" uma vez que ja identificados e ate ja "tomadas medidas administrativas" de o expurgar do sistema financeiro internacional ?

Ainda, como conter o actual descredito interno e externo no sistema do pais, sem um unico caso legitimo de sucesso nacional humano, economico, social e empresarial ? considerando que o indicador "primordial e prveligiado" de justificacao do sucesso economico nacional - PIB- ja passou 'a historia, e a sua respectiva e constante "referencia" apenas aumenta o descredito no sistema do pais ?

Quanto ao Fauvet, nao o considero o Maior, considero que foi inteligente em falar a Verdade, soube analizar a circunstancia, e saiu-se bem, o que pode ser um indicador do seu "caracter".

ricardo disse...

Pode ser Karim. Mas o FAUVET que eu conheco e aquele dos tempos dos vermelhos "ate por dentro"!

E isso, e como entrar na Cosa Nostra. Ninguem se reforma, senao na morte...

Aguardemos pelos proximos desenvolvimentos, entretanto sugiro um passa-tempo com este trabalho interessante:

http://www.4shared.com/document/cNdmhZwT/Costa_Elisabete.html

Abdul Karim disse...

Ricardo,

Se ele 'e "vermelho por dentro", entao o "sir" ja esta descartado, o que nao deixa de ser inteligente por parte da frelimo.

Lamento pelos que "apressaram" a defender o "sir".

Mas, vou esperar pra ver os desenvolvimentos.