07 julho 2013

Sobre os guerrilheiros do informal em Moçambique (16)

Décimo sexto e último número da sériede acordo com o sumário proposto aqui. Termino este ponto: 5. As decisões. Escrevi no número anterior que os vendedores ambulantes, os guerrilheiros do informal, são figuras politicamente decisivas. Decisões estatais ou municipais sobre eles podem trazer maus resultados políticos. O que pretendo dizer? Pretendo dizer que uma decisão que os lese, que lese estes numerosos e activos poros do social, pode levar a uma derrota eleitoral, um pouco como pode suceder em relação aos bicicleteiros de Quelimane. Chegou-se a um ponto onde qualquer tipo de ordem e de normalização urbana não pode pôr de lado a ordem e a normalização produzidas pelos guerrilheiros do informal. Estes guerrilheiros, desde os vendedores de roupa usada aos vendedores de quinquilharia heterogénea, em seu vaivém diário, são um importante movimento social urbano.
Adenda: sugiro recordem neste diário alguns trabalhos de 2007/2010 aqui. No que concerne à roupa, sugiro leiam a postagem logo abaixo intitulada "O negócio da roupa usada em África". Foto reproduzida com a devida vénia daqui.
(fim)

1 comentário:

Salvador Langa disse...

Apesar de tudo uma cidade tem que ter o mínimo de ordem e os cidadãos têm de estar conscientes disso.