25 julho 2013

Controlo político da sexualidade

(...) o corpo e a sua sexualidade (exposta pelas calças das nossas cidades, as tchuna-babies) pertencem a uma ordem de coisas bem mais vasta: pertencem, digamos, à ordem da ordem. O controlo político será sempre, por hipótese uma vez mais, a tentativa de controlo da desordem que é suposta emergir e multiplicar-se perigorosamente pelo corpo e pela sua sexualidade armazenada. Os ritos de iniciação à maturidade são momentos de gestão política do corpo sexual e não é por acaso que são revestidos de secretismo e geridos pelos mais velhos, pelos guardiões da ordem (claro, hoje a exposição do corpo pode ser, em muitas partes do mundo, uma forma eficaz de controlo político, bem mais económica: permitir para melhor controlar).

Sem comentários: