17 julho 2013

Luta política: a Pasárgada da Renamo (11)

Décimo primeiro número da série, sempre trabalhando com hipóteses. Prossigo no primeiro ponto de um sumário proposto aqui(1) A polifonia da guerrilha e o boicote eleitoral, terminando o seguinte subponto proposto aqui: 1.2. Ameaça de boicote eleitoral ou boicote consumado. Escrevi no número anterior que a Renamo tem em marcha o boicote às eleições autárquicas, numa aparência de reedição do boicote de 1998. Estamos perante um exercício de guerrilha de um certo tipo, com uma lógica clara. O exercício destina-se a pressionar o governo e a comunidade internacional a aceitarem um redefinição profunda dos órgãos eleitorais e, em última instância, uma partilha de poder político. Num país internacionalmente apresentado como um modelo de paz, propício aos investimentos do Capital internacional, designadamente na exploração de recursos naturais, a Renamo sabe que a sua experiência de guerrilha e de boicote eleitoral* pode constituir um trunfo de peso na mesa negocial, seja com o governo seja com a comunidade internacional**. Se não se importam, prossigo mais tarde.
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*Serra, Carlos (dir), Eleitorado incapturávelEleições municipais em Manica, Chimoio, Beira, Dondo, Nampula e Angoche. Maputo: Livraria Universitária,1999, 354 pp.
**Confira a notícia logo abaixo, inserta no "mediaFAX" de ontem (clique sobre a imagem com o lado esquerdo do rato para a ampliar):
(continua)

1 comentário:

Salvador Langa disse...

Já disse isso e repito, o homem tornou-se a estrela política do país, Santujira é a segunda Ponta Vermelha do país.