15 agosto 2012

A nossa verdadeira marca

Temos aqui uma informação que, sendo real - não vejo motivos para dela duvidar - pode dar origem a bons cartuns e a comentários de vária índole digamos que perversos.
Porém, o meu foco temático não está aí, não está na ironia.
Está, antes, naquilo que a pretensão revela: um enorme prazer com os produtos naturais, produtos que são, afinal, a nossa prisão cognitiva e prática, a verdadeira marca nacional.
Em lugar de registarmos máquinas, registamos cabritos; em lugar de registarmos descobertas científicas, registamos ananases; em lugar de registarmos indústrias de ponta, registamos camarões. E isto independentemente de reflectirmos sobre o que é que cabritos, ananases e camarões têm de especificamente nosso, de distintivamente nosso, de moçambicanamente diferente dos cabritos do Malawi, dos ananases da Zâmbia e dos camarões da Tanzânia.
Já agora, em meio à febre matéria-primal, por que não registamos o carvão de Tete neste possante exercício nacional de defesa da propriedade intelectual?

3 comentários:

ricardo disse...

A colonizacao mental das nossas elites ainda nao conheceu a sua luta armada de libertacao mundial...

Sir Baba Sharubu disse...

My MOZ friends told me that the best kid in the world is from Moamba. They are hand fed with corn and the skin is regularly massaged with pombe.

nachingweya disse...

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