12 julho 2012

A hipótese do duplo poder (13)

Décimo terceiro número da série, baseada num trabalho do jornal "O País", versão digital, conferível aqui. Mantenho-me no ponto 2 do sumário proposto aqui.
2. A especificidade moçambicana. Escrevi no número anterior que quanto maior for a ameaça externa traduzida em partidos rivais dirigidos por líderes capazes de liderar trabalhos e redes políticas de base, mais imperioso se afigura aos intelectuais orgânicos da Frelimo encontrar líderes jovens (ou mais jovens que os libertadores dos anos 60) para a frente interna, designadamente para a frente estatal, líderes que não tenham passado pelo viveiro da luta armada, mas que sejam fiéis, que sejam herdeiros fiéis. Nessa frente, a presidência da República é fundamental. É a este nível que, por hipótese, se constrói a presidência à Jano (o duplo poder referido nesta série aqui), com duas cabeças, uma a nível partidário, outra a nível estatal. Estrutura de poder que não nasce de um conflito político, mas da sua prevenção; que não visa a desconcentração, mas a concentração de poder. Prossigo mais tarde.
(continua)

1 comentário:

ricardo disse...

O que eles nunca se lembram e que tambem sao mortais...