15 novembro 2011

Para ganhar as eleições em Quelimane (18)

Prossigo a série, com base nos pontos que propus aqui.
2. Actores-alvo. O naipe que sugeri de potenciais eleitores requer muito trabalho, paciência e conhecimento histórico por parte dos candidatos a edil de Quelimane. Por exemplo, quem conseguir criar aliados entre as descendentes e redes de influência das antigas donas (jogaram um papel importante na história política e afectiva da Zambézia), em bula-bula feito nos quintais, contará com um trunfo irradiador vital. Os bicicleteiros - condutores de bicicletas-táxi - são outro trunfo: eles são uma correia de transmissão decisiva entre o povo carenciado no buliçoso vaivém cidade-subúrbios-cidade.
Deixem-me prosseguir mais tarde. Foto reproduzida daqui.
(continua)
Adenda: abordo múltiplos aspectos da engenharia eleitoral no seguinte livro: Serra, Carlos (dir), Eleitorado incapturável, Eleições municipais de 1998 em Manica, Chimoio, Beira, Dondo, Nampula e Angoche. Maputo: Livraria Universitária, 1999, 354 pp., confira especialmente pp. 43-243.

3 comentários:

Salvador Langa disse...

Continuo a defender que é preciso assegurar transparência no controlo do processo eleitoral.

TaCuba disse...

Dois concorrentes empresários...Ganha quem largar mais dinheiro?

BMatsombe disse...

O Salvador tem razão, sem comissões eleitorais independentes é difícil conhecer os percursos das urnas.