Complicada anda, forçada ou voluntária, a vida de alcova em certos quadrantes. A propósito de Dominique Strauss-Kahn, sabeis já que o capuchinho vermelho é agora apresentado como um potencial lobo diabólico (falo da camareira que o acusou de estupro), que o acusado, ex-director do Fundo Monetário Internacional, afinal não terá sido o mau que se pensava. A Rádio França Internacional apresentou, até, um ternurento e luxuoso quadro fait-divers do jantar do senhor após ter sido libertado na sexta-feira: "O ex-diretor do FMI, Dominique Strauss-Kahn, chegou ao Scalinatella Ristorante, um restaurante em Upper Est Side, no início da noite, vestindo um terno escuro, acompanhado da mulher, Anne Sinclair, e de dois amigos. Ele comeu um prato de massa com trufas, tomou vinho, e deixou o local sorrindo para os fotográfos. A conta, segundo o proprietário do local, ficou em torno de 600 dólares. De acordo com testemunhas, Strauss-Kahn estava de bom humor, e quando chegou, um casal que o reconheceu desejou boa sorte." Mas, vejam lá, agora que tudo parecia estar a favor do novo capuchinho vermelho na complicada líbido da vida, eis que, segundo ainda a Rádio França Internacional, uma jornalista e escritora francesa afirmou que vai processar o ex-director do FMI por tentativa de estupro há uns anos atrás.
Sonhadores, os sociólogos sempre procuraram duas coisas: as leis do social e a reforma das sociedades. Cá por mim busco bem pouco: tirar a casca dos fenómenos e tentar perceber a alma dos gomos sociais sem esquecer que o mais difícil é compreender a casca. Aqui encontrareis um pouco de tudo: sociologia (em especial uma sociologia de intervenção rápida), filosofia, dia-a-dia, profundidade, superficialidade, ironia, poesia, fragilidade, força, mito, desnudamento de mitos, emoção e razão.
4 comentários:
Pois é, estamos mesmo nas trufas.
Só falta dizer que as mulheres são sempre mazinhas...
Uma...trufação.
Dillinger (1934) VS DSK (2011). Tudo coincidencias. Coisa de gente fina...
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