O terceiro número desta série.
Escrevi no número inaugural que nos mais variados pontos da cidade de Maputo, mas especialmente nas avenidas Kenneth Kaunda e Friedrich Engels, centenas de pessoas correm ou andam diariamente, manhã cedo, fim de tarde, todos os dias, jovens, idosos e meia-idade, homens e mulheres, magros e gordos, produzindo simbolicamente saúde.
O que quero com isso dizer? Quero dizer várias coisas, lançando mais hipóteses.
Após ter escrito sobre a adopção generalizada, criteriosa e muito ritualizada dos artigos desportivos em vigor nos estádios e nos programas desportivos das televisões, é agora a vez da segunda coisa. Esta segunda coisa diz respeito ao corpo, à auto-gestão do que entendemos ser o nosso corpo destinado a ter saúde em nossas marchas e corridas. O corpo precisa ser reiventado, tal como entendemos que ele seja nos estádios, nas televisões e nossos desejos, o corpo precisa ser recorporizado na auto-estimada figura do andar e do correr, o porte tem de ser atlético, vigoroso, o ar tem de ser destemido, domesticador do futuro, mesmo se a idade, as adiposidades e outras coisas incómodas perturbam o empenho motriz (crédito da imagem aqui).
Escrevi no número inaugural que nos mais variados pontos da cidade de Maputo, mas especialmente nas avenidas Kenneth Kaunda e Friedrich Engels, centenas de pessoas correm ou andam diariamente, manhã cedo, fim de tarde, todos os dias, jovens, idosos e meia-idade, homens e mulheres, magros e gordos, produzindo simbolicamente saúde.
O que quero com isso dizer? Quero dizer várias coisas, lançando mais hipóteses.
Após ter escrito sobre a adopção generalizada, criteriosa e muito ritualizada dos artigos desportivos em vigor nos estádios e nos programas desportivos das televisões, é agora a vez da segunda coisa. Esta segunda coisa diz respeito ao corpo, à auto-gestão do que entendemos ser o nosso corpo destinado a ter saúde em nossas marchas e corridas. O corpo precisa ser reiventado, tal como entendemos que ele seja nos estádios, nas televisões e nossos desejos, o corpo precisa ser recorporizado na auto-estimada figura do andar e do correr, o porte tem de ser atlético, vigoroso, o ar tem de ser destemido, domesticador do futuro, mesmo se a idade, as adiposidades e outras coisas incómodas perturbam o empenho motriz (crédito da imagem aqui).
(continua)
1 comentário:
A pensarmos em coisas nas quais nao pensamos...Agora que tb corro fico a pensar....eheheheheheheheh
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