Mais um pouco da série.
Escrevi anteriormente que não devemos confundir os protocolos de conhecimento e de procedimento pré-científicos e científicos. E acrescentei: a medula do conhecimento científico não assenta em hipóteses de pesquisa do género As raparigas da Quisse Mavota desmaiam porque os espíritos dos Magaias estão zangados. Os factores, as causas e a estrutura dos fenómenos sociais são procurados no social e não fora dele.
Mas não devemos, igualmente, confundir as instâncias de actuação dos protocolos de conhecimento e procedimento. Somos livres de acreditar no que quisermos, dos deuses aos espíritos, somos merecedores de respeito a esse nível, somos tão racionais quanto aqueles que nos apelidam de irracionais e obscurantistas. Nas escolas e nas universidade não devemos ter receio de ostentar as nossas crenças. Mas, salvaguarde-se de imediato, esse tipo de crenças não é do tipo científico e, assim, em instâncias como escolas e universidades, ele não pode ser usado como critério de interrogação e pesquisa, como critério de validação das causas e das consequências dos problemas sociais. Se não quisermos aceitar isto, faltará apenas - permitam-me uma ironia - entregar a gestão do ensino secundário e superior à Associação dos Médicos Tradicionais de Moçambique.
A terminar: outros aspectos devem ser considerados, tal como procurarei mostrar no próximo número.
Escrevi anteriormente que não devemos confundir os protocolos de conhecimento e de procedimento pré-científicos e científicos. E acrescentei: a medula do conhecimento científico não assenta em hipóteses de pesquisa do género As raparigas da Quisse Mavota desmaiam porque os espíritos dos Magaias estão zangados. Os factores, as causas e a estrutura dos fenómenos sociais são procurados no social e não fora dele.
Mas não devemos, igualmente, confundir as instâncias de actuação dos protocolos de conhecimento e procedimento. Somos livres de acreditar no que quisermos, dos deuses aos espíritos, somos merecedores de respeito a esse nível, somos tão racionais quanto aqueles que nos apelidam de irracionais e obscurantistas. Nas escolas e nas universidade não devemos ter receio de ostentar as nossas crenças. Mas, salvaguarde-se de imediato, esse tipo de crenças não é do tipo científico e, assim, em instâncias como escolas e universidades, ele não pode ser usado como critério de interrogação e pesquisa, como critério de validação das causas e das consequências dos problemas sociais. Se não quisermos aceitar isto, faltará apenas - permitam-me uma ironia - entregar a gestão do ensino secundário e superior à Associação dos Médicos Tradicionais de Moçambique.
A terminar: outros aspectos devem ser considerados, tal como procurarei mostrar no próximo número.
(continua)
Adenda: continue a seguir a série com o título Quisse Mavota e Ndlavela: extractos de relatórios médicos preliminares, aqui.
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