05 julho 2012

Uma viagem ao Chócuè (21)

O jurista e ambientalista Carlos Serra Jr esteve há dias no distrito de Chócuè, província de Gaza. Eis o vigésimo primeiro e último número do registo fotográfico que fez. A anterior série fotográfica do autor foi divulgada neste diário aqui. Se quiser ampliar a imagem, clique sobre ela com o lado esquerdo do rato.
(fim)
Nota: amanhã começa uma série sobre Inhambane do mesmo autor.

O que é resolver problemas? (13)

Décimo terceiro número da série. A decantação permanente da pesquisa e da análise cria as chaves do social. Digamos, então, que as ciências sociais têm por função criar em permanência chaves sociais, chaves que abram as portas do social de uma forma mais profunda, sempre processual, furtando-se à comodidade dos lugares-comuns a-todo-o-terreno e aos brejeirismos cómodos e oportunistas. Prossigo mais tarde. Imagem reproduzida daqui.
(continua)

04 julho 2012

Postagens na forja

Eis alguns dos temas que, progressivamente, deverão entrar neste diário a partir da meia-noite local:
* Genéricos: Uma viagem ao Chócuè (21)
Séries pessoais: A carne dos outros (10); A pobreza mora na cabeça? (5); O que é resolver problemas? (13); Liga dos Estudantes Comunistas de Moçambique (27); Poder de persuasão dos SMS (10); A hipótese do duplo poder (13); A difícil fórmula da distribuição de consensos (8); Hábitos e fixismos (9); O casamento das famílias (17); Sobre os guerrilheiros do informal em Moçambique (13); Modos de navegação social (16); Ditos (45); O que é Moçambique, quem são os Moçambicanos? (93)

684ª foto (Combate aos maus espíritos/3)

"Diário de um fotógrafo", aqui

Poder de persuasão dos SMS (9)

Nono número da série, baseada neste tema aqui. Segue-se o quarto ponto do sumário proposto aqui. 4. Produção de expectativa e medo: Este foi, creio, um ponto primordial no sms aqui em análise. Na verdade, a ideia central parece ter sido o bloqueamento  de qualquer tipo de greve activa, jogando com a expectativa e com o medo. O que pretendo dizer com isso? Com a vossa permissão, prossigo mais tarde. Imagem reproduzida daqui.
(continua)

Liga dos Estudantes Comunistas de Moçambique (26)

Vigésimo sexto número da série, prosseguindo na décima quarta questão:
Carlos Serra: Que tipo de acção política defendeis?
Régio Conrado: (continuidade da resposta anterior, CS) Estamos de outra forma a dizer que queremos por via de palestras, estudos, debates e apoio de movimentos que lutam pelas mesmas causas, desenvolver a nossa acção política, pois no fundo o que nós queremos é que se desenvolva a consciência de classe dentro da sociedade moçambicana, particularmente das classes oprimidas, empobrecidas, daquelas classes e grupos que sentem a fúria da fome, da miséria e do analfabetismo crónico (continuidade da resposta no próximo número, CS).
(continua)

O que é resolver problemas? (12)

Décimo segundo número da série. As ciências sociais têm por função criar problemas à análise ingénua e preguiçosa do social, por forma a que uma visão progressiva e historicamente mais clara desse social possa conduzir a intervenções e a soluções estatais mais adequadas, mais rigorosas, mais justas. É dessa maneira que podem surgir as pontes sociaisImagem reproduzida daqui.
(continua)

O casamento das famílias (16)


Décimo sexto número da série, mantendo-me no segundo ponto do sumário que vos propus aqui e sempre trabalhando com hipóteses: 2. Diferentes tipos de casamentos. Chegou a altura de vos falar dos casamentos classes baixa. Quais são as suas características? Permitam-me prosseguir mais tarde. A foto em epígrafe é minha e encontra-se aqui.
(continua)

Uma viagem ao Chócuè (20)

O jurista e ambientalista Carlos Serra Jr esteve há dias no distrito de Chócuè, província de Gaza. Eis o vigésimo número do registo fotográfico que fez, neste caso uma perspectiva nocturna da estátua em memória de Samora Machel, na sua terra natal, Chilembene. A anterior série fotográfica do autor foi divulgada neste diário aqui. Se quiser ampliar a imagem, clique sobre ela com o lado esquerdo do rato.
(continua)

03 julho 2012

Postagens na forja

Eis alguns dos temas que, progressivamente, deverão entrar neste diário a partir da meia-noite local:
* Genéricos: Uma viagem ao Chócuè (20)
Séries pessoais: A carne dos outros (10); A pobreza mora na cabeça? (5); O que é resolver problemas? (12); Liga dos Estudantes Comunistas de Moçambique (26); Poder de persuasão dos SMS (9); A hipótese do duplo poder (13); A difícil fórmula da distribuição de consensos (8); Hábitos e fixismos (9); O casamento das famílias (16); Sobre os guerrilheiros do informal em Moçambique (13); Modos de navegação social (16); Ditos (45); O que é Moçambique, quem são os Moçambicanos? (93)

683ª foto (Combate aos maus espíritos/2)

"Diário de um fotógrafo", aqui

Gala

Para assinalar 50 anos de ensino superior no país (1962/2012), vai realizar-se este ano uma gala através da qual pessoas e instituições vão ser premiadas. Aguardem mais detalhes.

Uma viagem ao Chócuè (19)

O jurista e ambientalista Carlos Serra Jr esteve há dias no distrito de Chócuè, província de Gaza. Eis o décimo nono número do registo fotográfico que fez, neste caso uma vista do monumento em memória de Samora Machel, na sua terra natal, Chilembene. A anterior série fotográfica do autor foi divulgada neste diário aqui. Se quiser ampliar a imagem, clique sobre ela com o lado esquerdo do rato.
(continua)

Liga dos Estudantes Comunistas de Moçambique (25)

Vigésimo quinto número da série, prosseguindo na décima quarta questão:
Carlos Serra: Que tipo de acção política defendeis?
Régio Conrado: (continuidade da resposta anterior, CS) Quando reafirmamos a importância da palavra, do verbo como mecanismo para a nossa efusão social,  significa, sobretudo, que o nosso interesse não é entramos em choque com o poder político ou ainda com o regime político instalado no país. O que nós queremos, como Moçambicanos, Moçambicanos que se sentem responsáveis perante a sua pátria, é desenvolver um espaço de argumentação comunicativa ou pelo menos que se estruture num agir comunicativo (continuidade da resposta no próximo número, CS).
(continua)

O que é resolver problemas? (11)

Décimo primeiro número da série. Por que razão há maus estudantes? Porque são preguiçosos. Por que razão há greves? Porque os operários não querem trabalhar. Por que razão há pessoas que acreditam que a chuva pode ser presa no céu? Porque são ignorantes – eis alguns exemplos de perguntas com respostas ingénuas e preguiçosas, muito frequentes em certos círculos de opinião e cuja mecânica procurei analisar no meu livro intitulado Combates pela mentalidade sociológica. Imagem reproduzida daqui.
(continua)

02 julho 2012

Postagens na forja

Eis alguns dos temas que, progressivamente, deverão entrar neste diário a partir da meia-noite local:
* Genéricos: Uma viagem ao Chócuè (19)
Séries pessoais: A carne dos outros (10); A pobreza mora na cabeça? (5); O que é resolver problemas? (11); Liga dos Estudantes Comunistas de Moçambique (25); Poder de persuasão dos SMS (9); A hipótese do duplo poder (13); A difícil fórmula da distribuição de consensos (8); Hábitos e fixismos (9); O casamento das famílias (16); Sobre os guerrilheiros do informal em Moçambique (13); Modos de navegação social (16); Ditos (45); O que é Moçambique, quem são os Moçambicanos? (93)

682ª foto (Combate aos maus espíritos/1)

"Diário de um fotógrafo", aqui

A carne dos outros (9)

Nono número da série, com tema referido aqui, mantendo-me no ponto três do sumário sugerido aqui: 3. Os fumos de Figueira de Almeida. O que nos mostra a descrição de Figueira? Mostra-nos que, por terras do centro do remoto Moçambique, a função dos chefes (hoje diremos dirigentes) era a de servir as suas comunidades, que a sua riqueza servia unicamente para estar ao serviço do consumo comunitário. Por outras palavras: os chefes não poderiam enriquecer à custa das comunidades, pelo contrário, deviam empobrecer, consumidos, gastos por elas.
(continua)
* Entretanto, recorde a minha série em 14 números intitulada Ionge: populares acusam autoridades de prender a chuva no céu, aqui. Para um excelente livro em francês que estabelece uma relação entre a percepções populares, feitiçaria, política e enriquecimento, consulte Geschere, Peter, Sorcellerie et politique, la viande des autres en Afrique. Paris: Karthala, 1995.

Uma viagem ao Chócuè (18)

O jurista e ambientalista Carlos Serra Jr esteve há dias no distrito de Chócuè, província de Gaza. Eis o décimo oitavo número do registo fotográfico que fez. A anterior série fotográfica do autor foi divulgada neste diário aqui. Se quiser ampliar a imagem, clique sobre ela com o lado esquerdo do rato.
(continua)

No "Faísca"

Aqui. Clique sobre a imagem com o lado esquerdo do rato para a ampliar.

Liga dos Estudantes Comunistas de Moçambique (24)

Vigésimo quarto número da série, décima quarta questão:
Carlos Serra: Que tipo de acção política defendeis?
Régio Conrado: Como sabemos, todo o nosso processo existencial é feito de diferentes formas de coexistir e de manifestar as nossas preocupações. Isto quer dizer que a nossa liga é em primeira instância uma Liga que tem como objectivo contribuir para o progresso e desenvolvimento inclusivo do país por meio de ideias. Esta contribuição por meio de ideias passa necessariamente por fazer reconhecer às pessoas que nós precisamos de usar o verbo, a palavra como fundamento da nossa existência política ou em comunidade (continuidade da resposta no próximo número, CS).
(continua)

Ditos (44)

Quadragésimo quarto dito. Abundam os projectos de combate à pobreza. O grande Capital é cada vez mais insistente na produção dessas miragens sedativas através dos seus mais abnegados ideólogos, sem que qualquer menção seja feita ao conteúdo das relações de produção.
(continua)

Dossier (7) (Edição de 22/06/2012)

Sétima e última parte de um dossier com peças do semanário "Savana" datado de 22/06/2012, aqui.
(fim)

01 julho 2012

Postagens na forja

Eis alguns dos temas que, progressivamente, deverão entrar neste diário a partir da meia-noite local:
* Genéricos: Uma viagem ao Chócuè (18); Dossier (7) ("Savana" de 22/06/2012); "Faísca"
Séries pessoais: A carne dos outros (9); A pobreza mora na cabeça? (5); O que é resolver problemas? (11); Liga dos Estudantes Comunistas de Moçambique (24); Poder de persuasão dos SMS (9); A hipótese do duplo poder (13); A difícil fórmula da distribuição de consensos (8); Hábitos e fixismos (9); O casamento das famílias (16); Sobre os guerrilheiros do informal em Moçambique (13); Modos de navegação social (16); Ditos (44); O que é Moçambique, quem são os Moçambicanos? (93)

Comentários

Três leitores, que fizeram questão de dar a conhecer os números dos seus telefones celulares, enviaram ontem comentários à série "Liga dos Estudantes Comunistas de Moçambique" através do "Contacto" (botão situado no canto esquerdo deste diário). Ora, os comentários devem ser feitos nos "Comments" de cada postagem.

681ª foto (Quatro jovens dançando)

"Diário de um fotógrafo", aqui

A carne dos outros (8)

Oitavo número da série, com tema referido aqui, mantendo-me no ponto três do sumário sugerido aqui: 3. Os fumos de Figueira de Almeida. Os fumos eram eleitos entre os que mais posses tinham localmente. O seu reinado durava enquanto tivessem com que gastar com a comunidade. Eram obrigados a tudo gastar: comida, pombe, jóias, tecidos, etc. Quando nada mais lhes restasse, eram distituídos e passavam a pertencer ao grupo dos grandes por mérito, com direito ao uso de um chapéu de palha e de um bordão.
Fonte: Almeida, Francisco Figueira de, Carta q Franc.co Figr.ª de Almeida, Capitam de Sena, esvreeuo ao Governador Dom Nunes de Alues, dando lhe conta do q hia obrando, acerca da guerra, in Gomes, Antonio, Viagem q fez o Padre Ant.º Gomes, da Comp.ª de Jesus, ao Imperio de de (sic) Manomotapa: e assistencia q fez nas ditas terras de Alg´us annos (séc. XVII) 3, 1959, separata, p. 205.
Pequena nota: imaginai se a história se repetisse e se os chefes actuais, certamente de bem mais posses que os fumos, fossem obrigados a inscrever-se na regras seiscentistas das antigas muzindas.
(continua)
* Entretanto, recorde a minha série em 14 números intitulada Ionge: populares acusam autoridades de prender a chuva no céu, aqui. Para um excelente livro em francês que estabelece uma relação entre a percepções populares, feitiçaria, política e enriquecimento, consulte Geschere, Peter, Sorcellerie et politique, la viande des autres en Afrique. Paris: Karthala, 1995.

O que é Moçambique, quem são os Moçambicanos? (92)

Um pouco mais da série. Acho necessário regressar à paisagens das resistências. Escrevi no número 85 que havia uma permanente contestação do Estado colonial, mas que as lutas eram, invariavelmente, do tipo imediato, sem qualquer concepção de futuro, sem qualquer estratégia alargada, sem uma perspectiva táctica de alianças. Por isso, essas resistências jamais puseram em causa o sistema colonial. Elas perturbavam-lhe muitas vezes as periferias, mas deixavam incólume o centro decisório. Por outras palavras, permitiam, afinal, que o sistema continuasse a reproduzir-se. Quer dizer: uma verdadeira contestação do Estado colonial devia seguir outros caminhos fazendo frente ao seu centro decisório. Prossigo mais tarde.
(continua)

O que é resolver problemas? (10)

Décimo número da série. Em que consiste essa forma específica de resolver problemas? Consiste em colocar problemas aos problemas ingenuamente ou preguiçosamente julgados resolvidos, consiste em criar problemas às fórmulas prontas-a-consumir, do tipo sopa de pacote, consiste em criar mecanismos sempre cada vez mais profundos e rigorosos no sentido de investigar e analisar a realidade social para além das formas e das fórmulas crédulas e superficiais pelas quais julgamos ter resolvido o problema ou os problemas de análise. Imagem reproduzida daqui.
(continua)

Liga dos Estudantes Comunistas de Moçambique (23)

Vigésimo terceiro número da série, décima terceira questão:
Carlos Serra: O que mais criticais hoje no país?
Régio Conrado: Hoje no país criticamos o modelo de desenvolvimento que a elite escolheu seguir, os modos de acumulação primitiva do capital, a ineficiência das Políticas Públicas, o regime político e o sistema de partidos, o comportamento das nossas elites, a nossa educação formal e não formal e a passividade a que muitos Moçambicanos se acomodam. Estes são os aspectos que nós pensamos poderem influir em outros âmbitos da nossa vida enquanto existencialmente mocambicanos.
(continua)