Quarto número da série. Deixei no último número a seguinte imagem: um grupo de jovens junta-se, cada um é portador de um celular na mão esquerda, vão dialogando e sorrindo em simultâneo com a consulta do celular [chat, jogos, fotos, vídeos]. O celular aqui é bem mais do que um exercício de estatuto social, ainda que a exposição do mais recente modelo possa ser relevante a esse nível. Na verdade, o celular tornou-se parte integrante do corpo, um órgão vital dos sentidos. A sua privação é tão penosa quanto a sede e a fome.
Sonhadores, os sociólogos sempre procuraram duas coisas: as leis do social e a reforma das sociedades. Cá por mim busco bem pouco: tirar a casca dos fenómenos e tentar perceber a alma dos gomos sociais sem esquecer que o mais difícil é compreender a casca. Aqui encontrareis um pouco de tudo: sociologia (em especial uma sociologia de intervenção rápida), filosofia, dia-a-dia, profundidade, superficialidade, ironia, poesia, fragilidade, força, mito, desnudamento de mitos, emoção e razão.
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