15 setembro 2013

O aguilhão da história (sobre o assassinato do taxista moçambicano) (40)

"(...) a nossa preocupação no que se refere aos moçambicanos na África do Sul tem a ver com a extrema violência com eles tem sido tratados quando cometem crimes. Isto aconteceu agora, foi um caso excepcional, admitamos, mas também temos tido conhecimento de que os caçadores furtivos normalmente são mortos." - ministro Oldemiro Baloi
Quadragésimo número da série, com o objectivo de mostrar que à retaguarda do assassinato de um taxista moçambicano existem uma história, um sistema e um processo de estereotipagem, o que os ingénuos e os incautos frequentemente esquecem. O término do décimo ponto do sumário proposto aqui, a saber: 10. A história repete-se duas vezes. Face ao que escreveu Marx, podemos dizer que a história se repetiu duas vezes, na primeira com o apartheid sob forma de tragédia e na segunda, no pós-apartheid, sob forma de uma farsa com o aguilhão herdadoPermitam-me continuar mais tarde.
(continua)
Adenda: o vídeo a seguir contém imagens chocantes, aqui.
Adenda 2 às 7:34 de 05/03/2013: ouvidos ontem pela estação televisiva STV, camionistas moçambicanos que escalam a África do Sul queixaram-se de constantes maus tratos por parte da polícia sul-africana. Eles não gostam dos Moçambicanos - eis o resumo das intervenções.
Adenda 3 às 00:54 de 11/03/2013: este acontecimento trágico é propício não só ao sensacionalismo baixo-preço de certa imprensa, das redes sociais e dos blogues do copia/cola, como, também - estudem as televisões locais -, aos jogos políticos em geral e a certos jogos eleitoralistas em particular.
Adenda 4 às 00:51 de 22/03/2013: um trabalho no Sowetan (obrigado ao FL pelo envio da referência), com o título abaixo:

1 comentário:

Salvador Langa disse...

E repetiu-se mesmo, mas é preciso de facto saber que houve gente a tentar provar que era tudo coisa de polícias malandros, apenas isso.