Ungulani responde a três perguntas (2)

O escritor moçambicano Ungulani Ba Ka Khosa é o novo secretário-geral da Associação dos Escritores Moçambicanos (AEMO). A esse propósito entrevistei-o, colocando-lhe três perguntas. Sobre as duas últimas:
Carlos Serra: A literatura deve ser neutra ou engajada?
Ungulani Ba Ka Khosa: A questão da neutralidade nasceu, como muitas outras coisas, com os franceses. A arte pela arte teve no poeta Théophile Gautier o mestre maior. Era a escola parnasiana. Hoje é literatura para especialistas. Antes dele emergiu o senhor Honoré de Balzac, e depois, o senhor Émile Zola. Os dois deram um K.O. ao senhor da Arte pela Arte. Dizer só que a literatura tem estar com o seu tempo, como Cervantes, Tolstoi, Hemingway, Chinua Achebe, o nosso vizinho afrikaneer André Brink e o Ngugi a Thiongo, estiveram e estão com o seu tempo.
Carlos Serra: Qual o tema e qual o título do seu próximo romance?
Ungulani Ba Ka Khosa: Os campos de reeducação. O título: Entre as Memórias Silenciadas (foto reproduzida daqui).

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