09 março 2013

O aguilhão da história (sobre o assassinato do taxista moçambicano) (8)

"(...) a nossa preocupação no que se refere aos moçambicanos na África do Sul tem a ver com a extrema violência com eles tem sido tratados quando cometem crimes. Isto aconteceu agora, foi um caso excepcional, admitamos, mas também temos tido conhecimento de que os caçadores furtivos normalmente são mortos." - ministro Oldemiro Baloi
Oitavo número da série. Passo ao terceiro número do sumário proposto aqui, a saber: 3. A facilidade da generalização. Mas a vida é sempre bem mais complexa do que pensamos. Assim, a excepcionalidade do fenómeno não eliminou a enorme capacidade de as pessoas generalizarem o que viram e leram. Alguns polícias sul-africanos maus mataram um taxista moçambicano? Sucederam-se dois níveis de generalização, o pequeno e o grande, a saber: o pequeno (1) É evidente que todos os polícias sul-africanos são maus, o grande (2) É evidente que todos os Sul-africanos são maus.
Prossigo mais tarde, desenvolvendo o efeito Hume.
(continua)
Adenda: o vídeo a seguir contém imagens chocantes, aqui.
Adenda 2 às 7:34 de 05/03/2013: ouvidos ontem pela estação televisiva STV, camionistas moçambicanos que escalam a África do Sul queixaram-se de constantes maus tratos por parte da polícia sul-africana. Eles não gostam dos Moçambicanos - eis o resumo das intervenções.

1 comentário:

Salvador Langa disse...

Emoção e raiva eram muitas. E são.