Falta fazer a história dos hábitos, dos gostos, das maneiras, dos processos de contacto, da gestão do corpo, das classificações comportamentais e das concepções de civilidade em Moçambique, eventualmente algo parecido com aquilo que foi feito por Norbert Elias. Todavia, o que vai seguir-se não é um subsídio directo nesse sentido.
Quando, há muitos anos atrás, me dedicava ao estudo de documentos coloniais, lembro-me de, um dia, ter lido num deles (primeira metade do século XIX), uma frase pertencente a um dos senhores de terras do vale do Zambeze, a saber: à mão a comida tem melhor gosto. Essa frase tacto-gustativa, muito sensorial, vai servir-me para, numa curta série, dar conta de alguns constrangimentos da nossa vida social.
Quando, há muitos anos atrás, me dedicava ao estudo de documentos coloniais, lembro-me de, um dia, ter lido num deles (primeira metade do século XIX), uma frase pertencente a um dos senhores de terras do vale do Zambeze, a saber: à mão a comida tem melhor gosto. Essa frase tacto-gustativa, muito sensorial, vai servir-me para, numa curta série, dar conta de alguns constrangimentos da nossa vida social.
(continua)
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