Na última página do semanário "Savana" existe sempre uma coluna de saudável ironia que se chama "A hora do fecho". Naturalmente que é necessário conhecer um pouco a alma da vida local para se saber que situações e pessoas são descritas. Deliciem-se com "A hora do fecho" desta semana, da qual ofereço, desde já, um aperitivo:
* Certamente influenciado pelos discursos inflamados do aumento da produção há um ministro que quer mobilizar todos os peixes e crustáceos da costa moçambicana para que os números das exportações melhorem. Só que nem que os peixes tivessem cartão do partidão, os cardumes andam muito mal, como mostram os relatórios que têm sido publicados e, sobretudo, não há patrulhamento decente da pesca pirata que se pratica ao longo da costa. A não ser que se faça um pacto com generais e chineses ...
* Certamente influenciado pelos discursos inflamados do aumento da produção há um ministro que quer mobilizar todos os peixes e crustáceos da costa moçambicana para que os números das exportações melhorem. Só que nem que os peixes tivessem cartão do partidão, os cardumes andam muito mal, como mostram os relatórios que têm sido publicados e, sobretudo, não há patrulhamento decente da pesca pirata que se pratica ao longo da costa. A não ser que se faça um pacto com generais e chineses ...
1 comentário:
O Sermão de Santo António aos Peixes foi proferido na cidade de São Luís do Maranhão em 1654, na sequência de uma disputa com os colonos portugueses no Brasil.
O Sermão de Santo António aos Peixes constitui um documento da surpreendente imaginação, habilidade oratória e poder satírico do Pe. António Vieira, que toma vários peixes (o roncador, o pegador, o voador e o polvo) como símbolos dos vícios daqueles colonos.
Com uma construção literária e argumentativa notável, o sermão pretende louvar algumas virtudes humanas e, principalmente, censurar com severidade os vícios dos colonos. Este sermão (alegórico) foi pregado três dias antes de Padre António Vieira embarcar ocultamente (a furto) para Portugal, para obter uma legislação justa para os índios.
Todo o sermão é uma alegoria, porque os peixes são a personificação dos homens.
Enviar um comentário