Agora que anda pelo país a ideia avassaladora da cultura do trabalho, importa recordar que não são poucos os textos coloniais desde António Enes (a periodização poderia ir bem mais para trás) defendendo que o problema dos indígenas era o de não gostarem de trabalhar, que o problema dos indígenas era o de serem atavicamente preguiçosos, que o problema fundamental em política colonial consistia em ensinar os indígenas a trabalhar para o desenvolvimento.
Como um dia escreveu Karl Marx, "a tradição de todas as gerações mortas pesa fortemente no cérebro dos vivos."
Como um dia escreveu Karl Marx, "a tradição de todas as gerações mortas pesa fortemente no cérebro dos vivos."
2 comentários:
"a tradição de todas as gerações mortas pesa fortemente no cérebro dos vivos."- Marx
Eh, eh, eh...
O Marx falhou pah...
...pressupos que todos vivos tem cerebro... eh., eh, eh,... nao contou com os que so tem cimento na cabeca....
...E o "pelintrao" nao tinha sido descoberto ainda,
eh, eh, eh..
Concerteza que esta ideia de António Eneas foi mais um pretexto para manter a colonização. Todo aquele que se depara com dificuldades financeiras para custear a alimentação e outras despezas, vê no trabalho a solução para os seus problemas. Com isso justifica-se a demanda de jovens e mulheres particularmente na baixa da cidade, mercado do xiquelene e outros pontos praticando o comércio informal. Realmente poucos gostam de trabalhar, mas o mesmo é indispensável para as nossas vidas.
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