Décimo número da série. Passo, agora, ao a-historicismo. Parente do essencialismo, o a-historicismo consiste no despojamento daquilo que é mutação e variabilidade nos fenómenos. Retirados da história, os fenómenos são como que mumificados em categorias iremediáveis, em categorias imutáveis. Arredado o infinitivo (ele está a ser), o presente do indicativo é o utensílio por excelência da a-historicização: ele é, eles são, vois sois, etc.
Sonhadores, os sociólogos sempre procuraram duas coisas: as leis do social e a reforma das sociedades. Cá por mim busco bem pouco: tirar a casca dos fenómenos e tentar perceber a alma dos gomos sociais sem esquecer que o mais difícil é compreender a casca. Aqui encontrareis um pouco de tudo: sociologia (em especial uma sociologia de intervenção rápida), filosofia, dia-a-dia, profundidade, superficialidade, ironia, poesia, fragilidade, força, mito, desnudamento de mitos, emoção e razão.
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