“Nenhuma sociedade progrediu sem fazer a sua própria crítica, sem que os seus criadores e pensadores se metessem contra a corrente dos bem-pensantes (…) África tem necessidade de imprecadores.” [Henri Lopès, Mes trois identités, in Kandé, Sylvie (dir), Discours sur le métissage, Identités métisses, En quête d'Ariel. Paris: L´Harmattan, 1999, pp. 141-142]
Quinto número da série. Permaneço no terceiro ponto do sumário proposto aqui, a saber: 3. Cinco condições de paz política em Moçambique, finalizando o ponto 3.1. Fóruns de opinião e crítica como alavancas do desenvolvimento. Escrevi no número anterior que a crítica é um dos mais possantes mecanismos de desenvolvimento social. A ausência de crítica real, em profundidade, é uma das causas do subdesenvolvimento do nosso continente e, acrescente-se de frente, do nosso país. Por todo o lado devem ser criados fóruns de opinião e crítica, da internet aos ministérios, nos quais as pessoas se sintam participantes e solidárias de um processo de desarmamento ideológico, de desarmamento dos policiamentos ideológicos, de recerebralização. Sei que em alguns ministérios de alguma forma existe, já, algo parecido com esses fóruns. Quando uma sociedade se sente participante e interveniente no processo de construção do futuro, nos mais variados escalões, essa sociedade é, indiscutivelmente, avançada, essa sociedade está em processo de desenvolvimento. Tão mais avançada, tão mais desenvolvida quanto estimula a criação de pesquisa permanente e séria sobre os nós de estrangulamento, sobre os empecilhos, sobre as dificuldades. Com a vossa permissão, prossigo mais tarde.
Nota: fico grato a todas aquelas e a todos aqueles que queiram contribuir para o tema, criticando e melhorando as linhas de visão e análise que irão surgindo aqui.
Nota: fico grato a todas aquelas e a todos aqueles que queiram contribuir para o tema, criticando e melhorando as linhas de visão e análise que irão surgindo aqui.
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