Quarto número da série. Deixei no número inaugural três hipóteses. No número anterior observei que era necessário evitar o carácter demasiado generalizador e determinar melhor o campo da guerra psicológica. Propus dois níveis na guerra psicológica: o nível intencional a cargo de beligerantes e o nível de repercussão popular. Em caso de conflito, cada beligerante procura fazer duas coisas: primeiro demonizar amplamente o(s) adversário(s), atribuindo-lhe(s) a totalidade das consequências do conflito; segundo, provocar situações extremas nas quais o(s) adversário(s) seja(m) considerado(s) autor(s) e, sendo o caso, obrigado(s) a reagir danosamente e, em última instância, letalmente. A intencionalidade estratégica é a coluna vertebral de um conjunto de actos - do boato à encenação bélica - destinados a destituir o(s) adversário(s) de humanidade e inocência.
(continua)
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