09 março 2013

Por que os médicos venceram? (13)

Décimo terceiro número da série. Prossigo no segundo número proposto aqui. 2. A construção mediática do conflito, subponto 2.1. A tese da mão externa institucional. Escrevi no número anterior que em certo sector da imprensa o esforço consistiu em mostrar que Arroz trabalhava numa organização privada e, portanto, não tinha legitimidade para dirigir um movimento que exigia melhores condições de vida para os médicos. Esta é uma versão branda da tese da mão externa, em última análise da mão estrangeira, uma tese de uso abundante: quando algo ocorre de anormal, quando surge um protesto vigoroso, quando irrompe uma manifestação persistente, imediatamente certos sectores saltam como fusíveis invocando o malefício de uma tenebrosa mão externa, de uma mão estrangeira corroendo o pacifismo local.
Se não se importam, prossigo mais tarde.
(continua)

1 comentário:

Salvador Langa disse...

E agora que as eleições estão a caminho veremos certas cornetas a badalar a mão externa.