Mais um pouco desta nova série.
Escrevi no número inaugural que falta fazer a história dos hábitos, dos gostos, das maneiras, dos processos de contacto, da gestão do corpo, das classificações comportamentais e das concepções de civilidade em Moçambique, eventualmente algo parecido com aquilo que foi feito por Norbert Elias. Todavia, o que vai seguir-se não é um subsídio directo nesse sentido.
Existem três coisas fundamentais na história do acto alimentar: (1) interposição de um objecto auxiliar entre a boca e a comida (garfo, faca, colher); (2) individualização do acto alimentar e, portanto, abandono do prato, da tigela ou do caldeirão comunal; (3) adopção de uma postura comedida, elegante, transformando o biológico no cultural.
Escrevi no número inaugural que falta fazer a história dos hábitos, dos gostos, das maneiras, dos processos de contacto, da gestão do corpo, das classificações comportamentais e das concepções de civilidade em Moçambique, eventualmente algo parecido com aquilo que foi feito por Norbert Elias. Todavia, o que vai seguir-se não é um subsídio directo nesse sentido.
Existem três coisas fundamentais na história do acto alimentar: (1) interposição de um objecto auxiliar entre a boca e a comida (garfo, faca, colher); (2) individualização do acto alimentar e, portanto, abandono do prato, da tigela ou do caldeirão comunal; (3) adopção de uma postura comedida, elegante, transformando o biológico no cultural.
(continua)
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