01 setembro 2010

Mapeamento feito pelo "@Verdade"

 Confira aqui.
Adenda às 18:10: segundo a Rádio Moçambique no seu noticiário das 18 horas - em balanço preliminar para Maputo e Matola, a polícia afirmou haver quatro mortos, 27 feridos (entre os quais dois polícias) e 142 detidos; três autocarros queimados, idem no tocante a três viaturas, 32 estabelecimentos comerciais atacados, queimado um posto de abastecimento de combustíveis, três vagões com milho saqueados na Matola. Enquanto isso, o Movimento Sindical de Moçambique surgiu a condenar a violência, afirmando que ela só agrava a pobreza e pedindo ao governo que tome medidas para minorar os efeitos da subida de preços. Por outro lado, um boato via sms gerou pânico na cidade da Beira esta tarde ao disseminar a notícia de que iria suceder nessa cidade o que está a suceder em Maputo, o que levou ao encerramento de estabelecimentos de vários tipos.
Adenda 2 às 18:51: na Rádio Moçambique - em comunicado conjunto, governo da cidade de Maputo e conselho municipal apelaram há momentos para o civismo.
Adenda 3 às 19:05: na apresentação dos tópicos do jornal das 19:30, a Rádio Moçambique fez das manifestações de Maputo e Matola o seu tema de fundo e apresentou os manifestantes como "alegados oportunistas" (sic).
Adenda 4 às 19:20: em curta comunicação ao país via televisão, o presidente Guebuza afirmou estar consciente das dificuldades enfrentadas pelo que chamou "nosso maravilhoso povo", mas criticou as mortes e as destruições, pedindo civismo e não aderência a qualquer tipo de agitação (referiu "compatriotas nossos que estão sendo usados" nas manifestações), por forma a fazer-se um combate ampliado contra a pobreza "nesta pátria amada". Ouvi a comunicação via STV.
Adenda 5 às 19:40: no seu noticiário das 19:30, a Rádio Moçambique afirmou que a calma e a tranquilidade regressaram a Maputo e Matola. "Manifestações violentas perpetradas por alegados oportunistas" - assim foram definidos os manifestantes. A Rádio transmitiu a intervenção do chefe de Estado referida na adenda anterior.

6 comentários:

V. Dias disse...

Oportunista? Que se prenda os oportunistas, mas também quem causou tudo isto. Deve haver culpados.

Zicomo

ricardo disse...

O orgulhoso prefere perder-se a perguntar qual é o seu caminho (Winston Churchill)

Também ouvi a comunicação - na íntegra - na TVM e depois, para me certificar que a tinha ouvido bem, na STV. E nada ouvi de extraordinário, que não tivesse sido ouvido no último discurso do estado da Nação.

Dir-se-ia que Roma arde enquanto Nero toca a guitarra...ou então, que há verdadeiros crentes do milagre bíblico da multiplicação de pão e peixe.

Quo Vadis Moçambique?!

P.S.

Quem puder, escute as reacções dos telespectadores da STV, são sintomáticas.

Chacate Samuel disse...

Conter violência por violência é Guerra
O dia 1 de Setembro de 2010, a cidade capital de Moçambique Maputo, foi caracterizado por uma paralisação total e, implantação de um caos social, perpetrado por populares que marchavam contra a explosão do barril de pólvora, sobre o qual, o País esteve sobre ele desde finais de 2007, ora, desde a última crise imobiliário verificado no mundo e, que eclodira nos EUA. vários foram, discursos do tipo “a crise não irá afectar Moçambique” os factos mostram o contrário estas manifestações populares ainda são o reflexo da crise da “Sub-prime” que afecta a economia mundial.
Subida do custo dos combustíveis e consequente subida do custo de vida para as populações que vivem do pão! Mas o pior de tudo, isto é que, na tentativa de acalmar a violência atiçámos com nossos actos coercivos esquecemos que este povo fez um contracto social connosco que dum momento para o outro pode nos arrancar o poder que ele mesmo, abdicara na tentativa de em detrimento do bem-estar social!
A policia atiçou a violência pois fez população responder pela violência. Foram vidas humanas perdidas, 1 de Setembro foi um dia sem produção no Maputo, será esquecemos que a solução está no diálogo?
vamos conversar! Hén, Governantes!

ricardo disse...

Todo mundo fala de crise, crise, sub-prime, petróleo, etc.

Mas que tal propor o seguinte:

1- Corte no parque de viaturas pessoais e/ou alienadas dos ministerios;

2- Video-Conferência sempre que possível, ao invés de deslocações aéreas ou de carro;

3- Redução das regalias dos deputados, ministros e outros funcionários para o mínimo essencial;

4-Etc.

E usar esse corte das despesas do OGE para o cabaz minimo do Cidadão? Está difícil perceber isso?!

O exemplo, tem de vir de cima. E com toda a visibilidade.

Só assim TODOS perceberemos o sentido da comunicação do PR (inclusive ele próprio).

menekito disse...

ao ricardo:
isto sim q e falar! tb se na for facil a soluçao esta ai mesmo:
O exemplo, tem de vir de cima. E com toda a visibilidade!!!

Anónimo disse...

Minhas notas sobre a greve:
1. Informação, que pagamos todos os meses quando compramos a energia e pagamos pela via dos nossos carros, mesmo que nao queiramos ouvir a RM de m.... NÂO nos foi providenciada pelos media estatais. (Graças a Deus que temos meios privados... O que faz a concorrecia!!)
2. Segurança - Policia mal preparada para lidar com estas situações, mal equipada e coordenada para realizar as acções que deveria sem tanto alarido. Como consequencia disparos à toa e repressão onde ela não era necessária. Em termos de segurança, uma contra inteligencia simplesmente cega. Nao foi capaz de ver o obvio, não foi capaz de medir a temperatura no caldeirão.
Politicos- Todos sabe tudo, analistas de casos passados. não foram capazes de deitar agua na forvura, mesmo antes da coisa acontecer. Dirigir-se à nacão em momentos de dificuldade é também necessário. O povo precisa de informação atempada do que vai acontecer, das subidas de preços das alterações. As explicações após o sucedido é que dão aos dirigentes o sentido de derrota, como aconteceu ontem com o presidente, que por ter sido derrotado foi obrigado a ir à "mesa de negociações" para falar com o povo, uma coisa que nunca faz. Falou com muita poesia, mas sem nenhuma arte...

Enfim... estamos entregues...

P.S. já agora, alguém me diz o que aconteceu com caso dos aeroportos? Já tansitou em julgado ou ainda estamos a proteger o nosso amigão? Que luta contra a corrupção, prometida pelo chefão, é essa?