Parte da introdução que escrevi para o livro com a capa abaixo: "Na realidade, a análise da literatura pode ora centrar-se no escritor em si - na sua genialidade ou na sua mediocridade - ora no escritor como produto de uma determinada época – na sua fuga estética do social ou na sua busca e na sua recriação do social, no seu “compromisso com o social”, como defendeu Rosália Diogo no seu texto, um compromisso que, porém, na óptica de Teresa Manjate, precisa de reflexão mais profunda. O tema-pergunta deste número tem um vício capital, bem observado por Almiro Lobo no seu texto: o de colocar aos autores o dilema de uma disjunção. Ora, se o “ou” separa, o “e” une e complexifica, se a disjunção é uma porta fechada, a copulativa é uma ponte dando passagem permanente. Cada um dos três autores deste número - Teresa Manjate e Almiro Lobo de Moçambique e Rosália Diogo do Brasil - procurou dialectizar as suas análises, dotando-as de uma leitura complexa, historicizada, arredia da ingenuidade e da superficialidade." Aqui.
Sonhadores, os sociólogos sempre procuraram duas coisas: as leis do social e a reforma das sociedades. Cá por mim busco bem pouco: tirar a casca dos fenómenos e tentar perceber a alma dos gomos sociais sem esquecer que o mais difícil é compreender a casca. Aqui encontrareis um pouco de tudo: sociologia (em especial uma sociologia de intervenção rápida), filosofia, dia-a-dia, profundidade, superficialidade, ironia, poesia, fragilidade, força, mito, desnudamento de mitos, emoção e razão.
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