Número anterior aqui, sumário aqui. Finalizo o terceiro e último ponto do sumário proposto, a saber: 3. Pistolagem urbana por encomenda. Escrevi no número anterior estarmos perante um tipo criminal que, há vários anos, provoca muita comoção e ocupa uma parte significativa dos relatos e das preocupações da imprensa. Em cena está o braço armado da pistolagem urbana por encomenda. 3.1. Raptos. Os raptos acompanhados da exigência de resgate tornaram-se um processo de acumulação imediata de Capital, levado a cabo por gangues de pistoleiros nacionais e, aparentemente também, estrangeiros. No geral, o empresário (ou um familiar) parece ser o alvo predilecto. O crime tem ultrapassado as fronteiras urbanas de Maputo; 3.2. Ameaças e assassinatos. Ameaças e assassinatos constituem uma segunda modalidade da pistolagem urbana por encomenda, atingindo vários tipos sociais, entre os quais académicos críticos e juristas. Parece ser forte e crescente a sua dimensão política a nível nacional. Talvez se possa sumarizar os dois subtipos criminais assim: o primeiro de pendência económica, o segundo de pendência política. Em ambos os casos, parece ser lícito afirmar que quase nada se sabe dos mandantes.
Sonhadores, os sociólogos sempre procuraram duas coisas: as leis do social e a reforma das sociedades. Cá por mim busco bem pouco: tirar a casca dos fenómenos e tentar perceber a alma dos gomos sociais sem esquecer que o mais difícil é compreender a casca. Aqui encontrareis um pouco de tudo: sociologia (em especial uma sociologia de intervenção rápida), filosofia, dia-a-dia, profundidade, superficialidade, ironia, poesia, fragilidade, força, mito, desnudamento de mitos, emoção e razão.
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