Um dia, no "Grundrisse", Marx escreveu uma coisa lapidar: é preciso saber se a impossibilidade de solução de uma questão não está contida nas premissas da questão. Frequentemente – acrescentou ele – a única possível resposta é a crítica da questão e a única solução é negar a questão.
Efectivamente e por erro inicial meu, os investigadores trabalhavam sobre premissas clássicas: a chave para eles residia em fazer com que membros do tal partido falassem, que respondessem a perguntas.
Ora, a questão tinha de ser negada. Negada a questão, tínhamos a resposta, a saber: recusar responder é responder de uma certa maneira. Tinha faltado, portanto, a noção da presença da ausência e a capacidade para a analisar.
Sem comentários:
Enviar um comentário