Oitavo número da série. Prossigo no terceiro ponto do sumário proposto aqui, a saber: 3. Alguns cultos políticos aos presidentes no mundo. Os cultos políticos são independentes dos sistemas políticos - defendi no número anterior -, possuem digamos que a mesma alma sacro-política. Dois exemplos: o norte-coreano Kim Jong-un e o norte-americano Barack Obama. No que concerne a Kim Jong-un, bem na tradição de seu pai, estamos diante da sacro-veneração de um projecto social mediante um rosto, uma efígie sistematicamente publicitada, estátuas nas praças públicas, uma forma severa de vestir, um secretismo divinizado, planeado, que simultaneamente aproxima e afasta. Tudo na figura do líder é concebido para surtir efeitos hipnóticos de massa: a veste é a farda do comissário político, a farda do pai geral, do pai protector, do pai ao serviço do povo, a farda de serviço abnegado, permanente (o grande líder é apresentado sistematicamente como único e necessário). É, também, a farda militar, espécie de escudo simbólico de alerta contra o havido inimigo imperialista. Um aspecto fundamental do ritual político norte-coreano diz respeito à estatuária.
Se não se importam, prosseguirei mais tarde.
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