Membros da equipa, da esquerda para a direita nas caricaturas em epígrafe: Sónia Ribeiro, moçambicana, professora de Biologia, Bairro Sansão Muthemba, cidade de Tete; Carlos Serra, moçambicano, coordenador, Bairro da Polana, cidade de Maputo; Geraldo dos Santos, moçambicano, historiador, Bairro da Malhangalene, cidade de Maputo; Félix Gorane, moçambicano, advogado, Bairro do Macúti, cidade da Beira; Joseph Poisson, francês, farmacêutico, Rue des Écoles (quarteirão latino), cidade de Paris.
Carlos Serra: Olá, Colegas, vamos lá então prosseguir este debate. Um novo desafio histórico surgiu no país, a saber: a Frelimo tem um candidato presidencial, Filipe Nyussi, ministro da Defesa. Ele venceu os outros candidatos e, especialmente na segunda volta, a Luísa Diogo, ex-ministra das Finanças e ex-primeira-ministra. Esse candidato vai disputar as presidenciais marcadas para Outubro deste ano. Que questões podemos colocar, eventualmente que cenários podemos prever? Abraço. Carlos
Geraldo dos Santos: Primeiro do que tudo, parece-me importante referir que Filipe Jacinto Nyussi não é nem novidade nem antiguidade na história sucessória da Frelimo. Na verdade, se ele ainda é jovem, não deixou, porém, de fazer o percurso clássico dos jovens da luta de libertação nacional, pois concluiu o ensino primário na Tanzania e o ensino secundário numa escola da Frelimo. O Filipe é um meio-termo activo entre a antiga geração e a nova, mas um meio-termo ainda bem agarrado ao cordão umbilical do passado. Por outras palavras, ele é um herdeiro das tradições da luta armada, ainda não é, propriamente, um rebento da nova geração pós-independência. Mas há outros aspectos a considerar, dos quais espero dar conta. Respeitosos cumprimentos. Geraldo
Félix Gorane: Está bem, Caro Geraldo, entendo o histórico da sua intervenção. Mas sinto que o tempo é outro e que a pessoa mais adequada a este tempo diferente, a este tempo novo, é Luísa Diogo. O Filipe veio das armas e continua nelas pois é ministro da Defesa. O que eu gostava verdadeiramente de saber é por que motivo o comité central da Frelimo escolheu Nyussi e não Luísa.
Sónia Ribeiro: Primeiro do que tudo, deixem-me observar que vocês estão a falar da eleição do candidato Nyussi como se o país fosse unicamente a Frelimo e tudo se resumisse à escolha do seu candidato presidencial. Não estais conscientes desse notável imperialismo de opinião? Em segundo lugar e como consequência lógica, queria perguntar-vos por que não falais de Daviz Simango e de Afonso Dhlakama com a mesma oportunidade...presidencial. Beijinhos aqui da terra do Zambeze e do carvão. Sónia
Carlos Serra: Olá, Colegas, vamos lá então prosseguir este debate. Um novo desafio histórico surgiu no país, a saber: a Frelimo tem um candidato presidencial, Filipe Nyussi, ministro da Defesa. Ele venceu os outros candidatos e, especialmente na segunda volta, a Luísa Diogo, ex-ministra das Finanças e ex-primeira-ministra. Esse candidato vai disputar as presidenciais marcadas para Outubro deste ano. Que questões podemos colocar, eventualmente que cenários podemos prever? Abraço. Carlos
Geraldo dos Santos: Primeiro do que tudo, parece-me importante referir que Filipe Jacinto Nyussi não é nem novidade nem antiguidade na história sucessória da Frelimo. Na verdade, se ele ainda é jovem, não deixou, porém, de fazer o percurso clássico dos jovens da luta de libertação nacional, pois concluiu o ensino primário na Tanzania e o ensino secundário numa escola da Frelimo. O Filipe é um meio-termo activo entre a antiga geração e a nova, mas um meio-termo ainda bem agarrado ao cordão umbilical do passado. Por outras palavras, ele é um herdeiro das tradições da luta armada, ainda não é, propriamente, um rebento da nova geração pós-independência. Mas há outros aspectos a considerar, dos quais espero dar conta. Respeitosos cumprimentos. Geraldo
Félix Gorane: Está bem, Caro Geraldo, entendo o histórico da sua intervenção. Mas sinto que o tempo é outro e que a pessoa mais adequada a este tempo diferente, a este tempo novo, é Luísa Diogo. O Filipe veio das armas e continua nelas pois é ministro da Defesa. O que eu gostava verdadeiramente de saber é por que motivo o comité central da Frelimo escolheu Nyussi e não Luísa.
Sónia Ribeiro: Primeiro do que tudo, deixem-me observar que vocês estão a falar da eleição do candidato Nyussi como se o país fosse unicamente a Frelimo e tudo se resumisse à escolha do seu candidato presidencial. Não estais conscientes desse notável imperialismo de opinião? Em segundo lugar e como consequência lógica, queria perguntar-vos por que não falais de Daviz Simango e de Afonso Dhlakama com a mesma oportunidade...presidencial. Beijinhos aqui da terra do Zambeze e do carvão. Sónia
1 comentário:
O MDM e A RENAMO ainda não apontaram os seus candidatos e ao que se ventila o MDM esta a tentar uma aposta apelativa para aqueles que, acima de partidos e outros interesses privados, ainda querem bem o país, Moçambique.
A Luisa entrou na corrida em desvantagem, já os outros tinham palmilhado o país em lobbies. Mas parece-me que se pretendermos tirar a crosta da ferida teremos que um dos pecados mortais dela é a imagem que o precandidato a Primeiro Damo construiu de si aquando do primeiro ministrado da Luisa.
Filipe Nyussi é jovem. Teve preparaçao politico-militar aos 14 anos de idade (se combateu a Frelimo usou crianças na guerra), é Engenheiro (se for presidente, o primeiro com o curso superior em Moçambique)e pode ser que se saia bem se se fizer acompanhar de gente competente, ao contrário do cenário actual.
Seja quem for o próximo Presidente faria um grande serviço a Nação se aplicasse pelo menos 55% das mais valias provenientes da exploração dos recursos naturais na EDUCAÇÃO. Desde ao ensino pre-escolar até as universidades com absoluto enfoque na qualidade. Os moçambicanos são único recurso renovável realmente durável e exclusivamente moçambicano. É pois necessário que sejam bons para que Moçambique se firme.~
PS: Dizem o Eng Filipe Nyussi, Misnistro de Defesa esta a gerir um dossier de aquisição de armas orçado em 850 milhoes de dolares americanos. Para que? Talvez para equipar os sequestradores porque os nossos invasores actuais sao economicos,não lhes interessa o osso e sim o tutano. Podem até ser os mesmos que nos distraem financiando a nossa veia bélica
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