Décimo oitavo número da série, crédito da imagem aqui. Escrevi, já, que o apartheid social manifesta-se de uma segunda forma: com a manutenção do modo de produção e do sistema de relações sociais excludentes pré-1994. Na verdade, modo de produção, relações sociais e superexploração pré-1994 continuam a ritmar a vida da África do Sul. O massacre da Marikana trouxe à tona duas formas de violência: a do Estado repressivo simbolizado pela polícia e a do capitalismo financeiro. Mas, então, nada mudou? Não, algo mudou. A "acção afirmativa" é a mudança ocorrida na pele do sistema, mantendo-se o corpo anterior. Prossigo mais tarde.
Sonhadores, os sociólogos sempre procuraram duas coisas: as leis do social e a reforma das sociedades. Cá por mim busco bem pouco: tirar a casca dos fenómenos e tentar perceber a alma dos gomos sociais sem esquecer que o mais difícil é compreender a casca. Aqui encontrareis um pouco de tudo: sociologia (em especial uma sociologia de intervenção rápida), filosofia, dia-a-dia, profundidade, superficialidade, ironia, poesia, fragilidade, força, mito, desnudamento de mitos, emoção e razão.
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
1 comentário:
Ontem passou no Discovery uma longa historia sobre a construção de infra estruturas para o atendimento ao Mundial de Futebol 2010 na África do Sul. Aí se vê que o conhecimento e a técnica são detidas em 99.99% por pessoas de raça branca. Talvez lhes chamemos descendentes do apartheid mas são essas pessoas que é necessário chamar quando é necessário construir. O empoderamento tem de ser por via da escola e não por via da conta bancária. A descriminação positiva tem de ser por nivelamento da 'cualidade de ençino' segundo a mais alta bitola.
Enviar um comentário